Música de câmara (+ de 8 instrumentos)
com electroacústica sobre suporte
Instrumentação Sintética
1988
30' 00"
Ensemble Instrumental e Electroacústica sobre Suporte
Ensemble Instrumental e Electroacústica sobre Suporte
Título do documento Polígonos em Som e Azul
Subtítulo Ópera Sem Palavras - Homenagem a Olivier Messiaen e Vieira da Silva
Data de Composição 1988/Aug · 1988/Dec
Dedicatória
Olivier Messiaen e Vieira da Silva
Observações
13ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
13th Gulbenkian Encounters of Contemporary Music
FIL - Feira Internacional de Lisboa
FIL - Lisbon International Fair
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Música de câmara (+ de 8 instrumentos)
com electroacústica sobre suporte
Instrumentação Sintética Ensemble Instrumental e Electroacústica sobre Suporte
Estreia
Data 1989/Feb/19
Intérpretes
Grupo Música Nova
Entidade/Evento Exposição Vieira da Silva / Arpad Szènes
Local Casa de Serralves
Localidade Porto
País Portugal
Notas Sobre a Obra
O lado de lá do meu quarto, na Rue de la Convention, em Paris, as paredes dos velhos prédios das traseiras traziam-me quotidianamente à memória Vieira da Silva.
As cores, a idade das casas e a tijolaria dessas paredes antigas aproximava-as dos seus quadros de azulejaria ou mesmo as suas bibliotecas.
Mas é na múltipla construção da pintura que se situam as referências para esta obra, de que é indissociável a configuração das salas da Casa de Serralves, cujo conjunto formou por si só um espaço físico de representação musical escrita - o espaço arquitectónico exterior à pauta tradicional da representação sonora.
Estamos em presença de dois tipos de estruturas distintas - a musical e a espacial. Geometria plana e geometria no espaço envolvem esses dois mundos. Linhas rectas, oblíquas, paralelas, cruzadas, unindo várias superfícies justapostas em planos diferentes. Fontes sonoras em lugares diversos são os pontos de partida e de chegada de figuras geométricas. A rede assim construída gera figuras geométricas sonoras a n dimensões: a harmonia, a melodia, o ritmo, o tempo, o espaço, o volume; o vertical, o horizontal, o oblíquo, o pluridimensional. Polígonos articuláveis pelas fontes, pelas direcções e pelos encontros dos sons.
Movimentos circulares a velocidades diversas deslizam - cenários, bibliotecas, pavimentos, tabuleiros, azulejos, figuras difusas.
Os espaços cenográficos das telas foram transplantados para a concepção da música, em que o seu movimento no espaço ocupa lugar preponderante. Os músicos estão a longa distância. Apenas a música é "visível".
Na versão deste concerto, a espacialização é concentrada num só lugar. Aí até o som é visível.
As obras de Vieira da Silva que serviram de pretexto próximo para a partitura foram as da Exposição Gulbenkian 88 (8/8/88)
A composição da obra vai de Agosto a Dezembro de 1988 (embora nela intervenham materiais antigos inéditos) e a sua execução teve lugar no dia 19 de Fevereiro de 1989, na Exposição Vieira da Silva / Arpad Szènes na Casa de Serralves, para que foi concebida. Os executantes foram instrumentistas do Grupo Música Nova.
Cândido Lima
Circulação
Obra
Tipo
Data
Entidade/Evento
Local
Localidade
País
Intérpretes
Observações
Inv Row
Polígonos em Som e Azul
Execução
1989/May/06
13ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Fundação Calouste Gulbenkian - Pequeno Auditório
Lisboa
Portugal
Grupo Música Nova:
Olavo Tengner (flauta), Rui Sousa (flauta), Domingos Freitas (oboé), Alberto Vieira (clarinete), Serafim Vieira (clarinete), Ilídio Costa (fagote), Isabel Cristina Guedes (percussão), Paulo Vaz de Carvalho (guitarra), Alberto Gaio Lima (violino), António Cunha e Silva (violino), José Luís Duarte (viola), Paulo Gaio Lima (violoncelo), Francisco José Monteiro (piano), Amílcar Vasques Dias (piano), Cândido Lima (piano)
Cândido Lima (direcção)