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Dados de intérprete
Violinista, trompista e compositor português. Iniciou os seus estudos musicais com Teotónio Rodrigues, cantor da Capela da Bemposta, estudou violino com José Maria Morte e trompa com Justino José Garcia, mestre de banda das Reais Cavalariças, a que viria também a pertencer. Estudou Harmonia com Eleutério Franco Leal, e mais tarde com Manuel Joaquim Botelho. Em 1830, com apenas 15 anos era já trompista na banda das Reais Cavalariças, e, no início das guerras civis de 1832 era primeiro corneta na Banda da Guarda Real da Polícia. Pela mesma altura, mas um pouco depois, ter-se-á tornado músico da orquestra do Teatro de S. Carlos, para cujo Teatro compõe em 1838 a sua primeira obra dramática, Adoração ao sol. Em 1839 é clarim supranumerário na orquestra da Real Câmara. Torna-se mais tarde, o compositor, mais ou menos efectivo do recém-inaugurado (1845) Teatro de D. Maria, para o qual irá compôr em 1850, A casa misteriosa, uma espécie de ópera cómica que Vieira refere ter “uma abertura lindíssima”. Em 1845, aquando da visita do pianista Franz Liszt a Lisboa, Santos Pinto irá dedicar-lhe a sua 8ª Sinfonia (ou Abertura), fazendo-se, inclusive, retratar com a partitura da mesma, num quadro que actualmente se encontra no Museu da Música em Lisboa. Em 1849 encontramo-lo como professor de Instrumentos de Latão no Real Conservatório de Lisboa. Em 1857 é nomeado maestro director do Teatro de S. Carlos, coroa de glória da sua carreira, que infelizmente não teve muito tempo para desfrutar. Grande parte da obra que dele se conhece e que permanece desconhecida de muitos, é dedicada em grande parte à música para bailado, ou para peças dramáticas, que chegaram a alcançar alguma notoriedade internacional, apesar de possuir igualmente uma abundante produção orquestral (c. 35 Sinfonias/Aberturas e variados solos e peças concertantes para diversos instrumentos), assim como muita música religiosa, entre as quais sobressaem duas Missas solenes a 4 vozes e orquestra, e um Te Deum, a 4 vozes e orquestra, oferecido a D. Fernando de Saxe Coburgo, pelo baptismo de seu neto e futuro rei D. Carlos. Foi autor, também, de modinhas e canções para canto e piano de que se salientam as da sua colaboração nas Estreias-poetico musicais de Castilho (1853), de que será o maioritário compositor (9 canções de um total de 12). A sua linguagem musical denota a influência do estilo italiano de Donizetti e Verdi que na época tanto influenciava Portugal. De excelente carácter, cordato e prestativo foi, segundo Vieira, muito estimado pelos seus colegas, e também bastante interventivo na vida social e política do seu tempo, manifestando-se como simpatizante do Cartismo e da Maçonaria, não apenas ao compor hinos alusivos a ambos (1844:Marcha dos voluntários da Carta; 1851: Hino a Saldanha; Odes Maçónicas), mas também ao ter sido o fundador de duas importantes instituições musicais paramaçónicas: a Associação Musica 24 de Junho e a Academia Melpomenense