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Nascido em Lisboa em 1948, Carlos Zíngaro começa a estudar música com 4 anos, tornando-se profissional aos 13, como membro da Orquestra Universitária de Música de Câmara. Para além dos estudos de violino, frequenta também os cursos de órgão de igreja e canto gregoriano. Estudos de musicologia, música electroacústica e música contemporânea (teatro-música) fazem parte de permanências na Universidade Técnica de Wroclaw (Polónia) e na Creative Music Foundation (Nova York). Carlos Zíngaro tem um curso de Cenografia da Escola Superior de Teatro de Lisboa. Pioneiro em Portugal na utilização das novas tecnologias na composição e na interacção em tempo real, assim como nas relações som / movimento e "composição imediata", Zíngaro apresentou-se nos mais importantes festivais e concertos de "improvisação" e "nova música" na Europa, na América e na Ásia, em solo absoluto ou em grupos. De entre os compositores e músicos internacionalmente mais significativos nestas áreas musicais com quem já trabalhou, destacam-se Fred Frith, Anthony Braxton, Richard Teitelbaum, Derek Bailey, Otomo Yoshihide, George Lewis, Christian Marclay, Alvin Curran, Frederic Rzewski, Ursula Oppens e Keith Rowe. Carlos Zíngaro tem visto também o seu trabalho ser reconhecido por nomes que vão de La Monte Young a Siegfried Palm, de Alvin Lucier a Steve Lacy e John Zorn. Em finais da década de 60, foi um dos membros fundadores do colectivo Plexus, com quem gravou um EP de música experimental. Na década seguinte, foi director musical do grupo de teatro “Os Cómicos”, para quem compôs várias bandas sonoras. Fundou, anos mais tarde, uma galeria com o mesmo nome. Carlos Zíngaro tem desenvolvido um trabalho regular com o coreógrafo / bailarino Ludger Lamers. Colaborou ainda com Margarida Bettencourt, João Natividade, Olga Roriz, Michala Marcus, Paula Massano, Vasco Wellenkamp, Vera Mantero, Francisco Camacho, Giorgio Barberio Corsetti, Ricardo Pais e Constança Capdeville. Tem uma produção discográfica, em nome próprio ou em colaborações com outros músicos e compositores de mais de trinta títulos, com edições em Portugal, França, Suíça, Alemanha, Canadá, Itália, Reino Unido, Japão, Países Baixos ou EUA. Foi-lhe atribuído, por duas vezes, o prémio "Chock de La Musique”, da revista francesa Monde de la Musique, assim como viu trabalhos seus serem reconhecidos como melhores discos do ano na Wire Magazine (Reino Unido) e na Coda (Canadá).