Ópera
com electrónica em tempo real
com electroacústica sobre suporte
com multimédia
Instrumentação Sintética
2018
75' 00"
tenor, soprano, coro misto, ensemble instrumental e electrónica
tenor, soprano, coro misto, ensemble instrumental e electrónica
Título do documento Ninguém & Todo-o-Mundo
Subtítulo farsa lirico-turistica em torno de Gil Vicente
Data de Composição· 2018
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Ópera
com electrónica em tempo real
com electroacústica sobre suporte
com multimédia
Instrumentação Sintética tenor, soprano, coro misto, ensemble instrumental e electrónica
Estreia
Data 2018/Dec/09
Intérpretes
Teresa Nunes · soprano; João Terleira · tenor; Coro do Conservatório de Música do Porto; Crispim Luz · clarinete; Brenda Vidal · piano; Fábio Palma · acordeão; Miguel Amaral · guitarra portuguesa; Óscar Rodrigues · electrónica; Susana Lima · violoncelo; Jan Wierzba · direcção
Local Teatro Helena Sá e Costa
Localidade Porto
País Portugal
Texto
Autor do Texto Edward Luiz Ayres d'Abreu
Título do Poema ou TextoNinguém & Todo-o-Mundo, farsa lirico-turistica em torno de Gil Vicente · libreto
Ano 2018
Notas Sobre a Obra
IDEIA
Ninguém & Todo-o-Mundo é uma ópera de câmara a partir de textos de Gil Vicente e de literatura de viagem do século XVI até à nossa contemporaneidade, numa divertida reflexão sobre as virtudes e os problemas do fenómeno turístico dos dias de hoje.
O compositor Daniel Moreira e o libretista Edward Luiz Ayres d'Abreu projectaram esta
ópera para um grupo de dois cantores, seis instrumentistas e um coro escolar de dezasseis vozes. A inclusão de instrumentos comummente associados a outros géneros musicais, como o acordeão ou a guitarra portuguesa, a par do clarinete, do violoncelo e do piano, favorecem e potenciam um imaginário sonoro diversificado e permeável a tradições musicais não eruditas, possibilitando um diálogo tímbrico enriquecedor que uma componente electrónica vem ampliar ainda mais profundamente. A colaboração de um coro escolar reforça as mais-valias da transmissão e do cruzar de experiências entre músicos profissionais e músicos em formação.
SINOPSE
O que nos dizem os forasteiros que visitavam o Porto e outras cidades portuguesas no tempo de Gil Vicente, há séculos atrás? Qual a sua relação com a urbe e respectiva população? O que os surpreendia, o que os decepcionava? Que proximidades e que diferenças se podem associar à nossa realidade actual? Que virtudes e que problemas daí decorrem?
Ninguém & Todo-o-Mundo é uma ópera que se divide em quatro quadros, estruturados como se se tratasse de um percurso de ida-e-volta entre a nossa contemporaneidade e o século XVI, lembrando figuras, episódios e ideias em torno da história e da literatura da viagem e do turismo nos séculos que medeiam os dois extremos. Olhar satírico, crítico, divertido e reflexivo, este percurso gizado sobre uma constante e complexa dualidade (o nacional versus o estrangeiro) juntará em palco dois solistas principais, um tenor e uma soprano, que se metamorfosearão em diversos papéis: Beatrice (uma mochileira italiana), Barão (um empresário falido), Berzebu (o Diabo principal), Bispo (um clérigo patusco), Brünnhilde (uma investidora alemã), Dulce (uma jovem desempregada), Duquesa (uma falida viúva), Dinato (o secretário do Diabo), Deolinda (uma moradora de rua) e Dâmaso (um agente imobiliário).
Entre o segundo e o terceiro quadros, a meio da ópera – isto é, no destino espácio-temporal mais recuado e longínquo e, ao mesmo tempo, mais universal –, um interlúdio desloca a exegese para um lugar infernal onde o diabo Berzebu e o seu secretário Dinato são confrontados com Ninguém & Todo-o-Mundo (representados simultaneamente pelo coro e pelo público do espectáculo), recuperando-se aqui o célebre quarteto moralizante que Gil Vicente concebeu para um
dos momentos da Farsa da Lusitânia. A farsa, que somos todos nós e que não é ninguém, recontextualiza-se aqui num elogio bem-humorado e intemporal à viagem em sentido lato.
Circulação
Obra
Tipo
Data
Entidade/Evento
Local
Localidade
País
Intérpretes
Observações
Inv Row
Ninguém & Todo-o-Mundo
Estreia
2018/Dec/09
Teatro Helena Sá e Costa
Porto
Portugal
Teresa Nunes · soprano; João Terleira · tenor; Coro do Conservatório de Música do Porto; Crispim Luz · clarinete; Brenda Vidal · piano; Fábio Palma · acordeão; Miguel Amaral · guitarra portuguesa; Óscar Rodrigues · electrónica; Susana Lima · violoncelo; Jan Wierzba · direcção