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Dossiers . Compositores Portugueses dos séculos XX e XXI
Nova série de edições digitais pelo MIC.PT

Formato digital . desafios e oportunidades

Presentemente, o desenvolvimento do suporte digital (re)define o nosso dia-a-dia, impondo cada vez mais a necessidade de repensarmos e reinventarmos as práticas comuns no que ao acto de edição, seja “em papel” seja em qualquer outro meio e formato, diz respeito. Desde a sua concepção em 2000 e a sua materialização em 2006, ano do lançamento do portal WWW.MIC.PT que a 6 de Janeiro de 2016 celebrará o seu 10.º aniversário de existência on-line, o Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa (CIIMP) aposta no formato digital, respondendo assim de uma maneira inata ao tempo presente, não apenas ao seu contexto tecnológico mas também económico, ecológico e civilizacional. É certo que a maior parte dos materiais disponíveis no MIC.PT se encontram em formato digital – artigos, dossiers de compositores, partituras, imagens, áudios ou vídeos, etc. – e é certo também que o inevitável digital traz consigo numerosas vantagens, entre as quais: o acesso fácil e imediato a todo o tipo de dados relacionados com a criação musical, as possibilidades de cooperação em rede entre centros musicais do mundo inteiro, e por consequência, um aumento considerável da visibilidade da música portuguesa de arte e de pesquisa além-fronteiras. Não obstante, o mesmo digital carrega consigo novos desafios, nomeadamente, o que determinaríamos como “paradoxo da perenidade dos objectos digitais” – a cada vez mais rápida (r)evolução digital significa não apenas melhorias, avanço e novas possibilidades, mas também traz consigo a necessidade de “actualizar” constantemente os materiais já existentes, que, sem esta “actualização”, correm o risco de “cair em desuso” e desaparecer. Neste sentido, para procurar dar resposta a esta questão essencial o CIIMP colabora activamente no projecto SOS Digital, liderado pela Direcção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas no contexto da Rede de Preservação Comum do Património Digital (RPCPD).

Dossiers . Compositores Portugueses dos Séculos XX e XXI

Ao longo de 2015 e 2016 em que se assinalam, por um lado, os 15 anos desde a concepção do CIIMP/MIC.PT e, por outro, os 10 anos do seu trabalho efectivo on-line em prol da música portuguesa de arte e de pesquisa, decidimos lançar e desenvolver os Dossiers . Compositores Portugueses dos Séculos XX e XXI. Através desta nova série de edições digitais (em formato PDF) e bilingues (em português e inglês), criadas a partir do material extenso contido nos Em Focos desde 2011, pretendemos sobretudo construir um retrato actual da composição em Portugal, logo promovendo de uma maneira ainda mais efectiva e directa a actividade dos numerosos compositores portugueses da actualidade com partituras editadas pelo MIC.PT. A série dos Dossiers . Compositores Portugueses dos Séculos XX e XXI constitui neste sentido uma “introspecção” no trabalho de cada um dos criadores e, ao mesmo tempo, um incentivo para investigar e (re)descobrir a sua música, assim como a sua reflexão estética e filosófica.
Não há dúvidas, que esta (re)descoberta produz frutos mensuráveis, entre os quais a introdução da música de compositores portugueses nos programas de eventos internacionais dedicados à criação musical contemporânea. É precisamente neste sentido que os Dossiers . Compositores Portugueses dos Séculos XX e XXI, constituem mais uma ferramenta do MIC.PT e dos próprios compositores, sendo uma espécie de cartão de visita de cada um deles, para aumentar a visibilidade internacional da criação musical portuguesa da actualidade.

Cada um dos Dossiers, concebidos e editados com a directa assistência dos próprios compositores, é constituído pelos seguintes elementos: nota biográfica, questionário/entrevista ou artigo musicológico, catálogo de obras com duas ordenações (por instrumentação e por ordem cronológica) e discografia.
Neste momento no MIC.PT estão disponíveis para consulta e download gratuito os seguintes Dossiers, editados e lançados on-line a partir do início de 2015:
Dossier n.º 1 . Paulo Ferreira-Lopes;
Dossier n.º 2 . Sara Carvalho;
Dossier n.º 3 . António Ferreira;
Dossier n.º 4 . António Chagas Rosa;
Dossier n.º 5 . Bruno Gabirro.
Além disso, estão à espera de edição e lançamento, nos próximos meses e ao longo de 2016, os Dossiers dedicados a vários outros compositores editados pelo MIC.PT, nomeadamente: Patrícia Sucena de Almeida, Miguel Azguime, Christopher Bochmann, Cândido Lima, João Madureira, Pedro Rebelo, Ricardo Ribeiro, Vítor Rua e Isabel Soveral.

Na altura do duplo aniversário do MIC.PT, 15 anos desde a sua concepção e 10 anos desde o seu lançamento on-line, e também pelo facto de “acolhermos” e editarmos cada vez mais compositores de várias gerações – neste momento o Catálogo on-line de Partituras do MIC.PT inclui 919 obras de 54 compositores portugueses, para não mencionar as cerca de 180 páginas activas de compositores – o nosso portal constitui um espaço privilegiado no que à divulgação e disseminação do Património Musical Português diz respeito. É rigorosamente neste contexto que as novas edições digitais concretizadas na série dos Dossiers . Compositores Portugueses dos Séculos XX e XXI estabelecem mais um passo na prossecução dos nossos objectivos.

O questionário/entrevista do MIC.PT

O elemento central de cada um dos Dossiers . Compositores Portugueses dos Séculos XX e XXI, é o questionário/entrevista do MIC.PT, uma “visita” ao universo criativo dos compositores em que cada um deles revela-nos não apenas as suas raízes musicais e as suas inspirações, mas também as características da sua linguagem, as suas projecções no futuro e as suas inquietações relativamente à situação actual da música de arte e de pesquisa em Portugal. No momento em que achamos que é imprescindível dar voz aos próprios criadores para poderem partilhar publicamente as suas preocupações sobre o futuro da música portuguesa, deixamos aqui, no fim deste Em Foco de Outubro, cinco opiniões dos protagonistas dos Dossiers já editados, de Paulo Ferreira-Lopes, Sara Carvalho, António Ferreira, António Chagas Rosa e Bruno Gabirro; opiniões estas que na realidade são respostas às mesmas duas perguntas do questionário/entrevista do MIC.PT:

O que acha sobre a situação actual da música portuguesa?
Como poderia definir o papel de compositor hoje em dia?

Paulo Ferreira-Lopes:

A música contemporânea portuguesa tem tido impulsos muito fortes neste início de século graças ao empenho e sacrifício pessoal de duas ou três pessoas deste país na realização de alguns dos festivais, eventos e mesmo publicações sobre a criação mais actual. Sem obviamente querer esquecer os outros, penso que o Miguel Azguime, o Jaime Reis e o Pedro Junqueira Maia, têm tido um papel muito importante na tentativa de não deixar esmorecer a criação musical, sobretudo no caso dos compositores mais jovens. Infelizmente estes dois ou três casos que considero exemplares, lutam ano após anos com uma resistência e iniquidade inconcebível, não só do governo como também das instituições que sendo do estado competem desmesuradamente com os primeiros, mas ironicamente sem a visão de criação de património que o Miguel Azguime, o Jaime Reis ou o Pedro Junqueira Maia têm revelado através da sua acção. Infelizmente a OrquestrUtopica que fazia parte deste grupo importantíssimo foi derrotada. Vamos tentar colectivamente resistir de forma a que isso não aconteça com os que neste momento proporcionam em exclusivo aos compositores criar as suas obras e ao público desfrutar da criação mais actual.

Sem querer ser demasiado demolidor, parece‑me que o compositor não tem de facto um grande papel na nossa sociedade. O compositor em geral não faz parte de um estereótipo que assegura ao “mercador de arte” obras com um valor de mercado negociável ou estimável. Na semana passada li um texto do Vítor Rua, compositor que respeito bastante sobretudo pelo risco que assume constantemente não só nas suas obras mas na sua atitude, sobre o seu estado de inconformação sobre a falta de reconhecimento, enquanto trabalhador exemplar que é, por parte da nossa sociedade. E de facto isso é verdade, o Vítor Rua que trabalha muitas vezes sete dias por semanas e quer trabalhar, que produz e quer produzir, que editou mais de 50 CD, que tem um trabalho exemplar como artista, não vê esse valor reconhecido porque a nossa sociedade vê a arte e a criação artística como um mero mercado. Se o objecto não assegura confiança ao comprador – porque tem de configurar um certo estereótipo – ele poderá ser rejeitado pelo comprador porque o comprador não quer investir no risco.

A nossa sociedade tornou‑se selvática e o valor capital é que determina o valor de qualquer objecto seja de guerra seja de arte. E desta forma vemos cada vez mais os artistas que tem de facto muito valor a retrair a sua produção, e os que têm muito jeito a tentar dar resposta ao que o “mercado” aceita como objecto viável para o negócio. E é assim que se desmantela o futuro, antes mesmo de lá termos chegado. Mas a situação não é muito diferente na ciência. A ciência também obedece a mercados baseadas na lógica da sustentabilidade. Ou seja se uma dada empresa de farmacêutica subsidiar um laboratório ou bolsas de doutoramento para que se investigue num determinado fármaco, essa premissa é que configura as boas normas e procedimentos de investigação. E os governos e políticos apoiam e aplaudem porque só assim é que se consegue regular e desmantelar os grupos de cientistas e artistas ditos subsídio‑dependentes. Uma vez mais se instaura uma lógica de mercado para a ciência, onde de facto os interesses privados ditam o que deve ser uma política de investigação e de criação.

Sara Carvalho:

Primeiro precisávamos de definir que tipo de música portuguesa se refere. Vou assumir na minha resposta que se refere à situação actual da música portuguesa contemporânea dita “erudita”, pois de facto há muitos tipos de música e muitos tipos de compositores. A minha opinião é que Portugal tem compositores talentosos e com muitas capacidades, e existe por cá uma liberdade enorme relativa às tendências estéticas adoptadas. Esta realidade traz à música contemporânea portuguesa uma enorme riqueza. O problema é que muitos compositores continuam sem ter oportunidades suficientes para ver o seu trabalho apresentado. Isto apesar de alguns esforços institucionais. A verdade é que a maioria das oportunidades que se vão conseguindo surgem de esforços e acções quase sempre individuais. Mas felizmente que vai havendo esse dinamismo individual de alguns, pois o governo português continua a não oferecer o apoio necessário às estruturas dinamizadoras para manter viva a música contemporânea portuguesa.

(...) De qualquer forma penso que não é só culpa dos apoios (in)existentes. Houve, desde sempre, falta de diálogo e partilha entre compositores, e isso faz com que não se troquem ideias ou experiências, pilares que são fundamentais a um clima de interajuda; e isso vai‑se reflectindo também na produção da actividade artística portuguesa.

A palavra compositor para mim tem uma definição lata que pode abarcar várias tipos de função, que dependem de que tipo de música estamos a falar. Seguindo o raciocínio da minha resposta anterior, em que falávamos de música contemporânea “erudita”, de uma forma genérica, acho que o modo como o compositor hoje em dia integra a sociedade é muito mais individualizado do que no passado. Penso que o compositor é um espelho do seu meio. Como tal, a sua forma de actuação vai também ser esculpida por esse ambiente, e as suas expectativas vão tentar adaptar‑se, vão tentar “sobreviver”, dentro dessa sociedade em que está (des)integrado.
Isso leva a que, composicionalmente falando, o compositor tome decisões completamente diferentes do que as que tinha previsto inicialmente. E isto pode ser algo muito positivo, ou muito negativo. Hoje em dia, parece‑me que, como em qualquer profissão, um compositor tem que ser plástico, se quer sobreviver... ou então ter sorte!

Ser compositor é uma daquelas profissões que atrai muito mais homens do que mulheres, e penso que é tanto em Portugal como no resto do mundo. Embora tenha que admitir que na última década se começou a ouvir falar mais de mulheres compositoras, talvez devido aos esforços de algumas entidades como é o caso da Fundação Adkins Chiti Donne in Musica. Mas há quem refira que iniciativas como estas são sexistas... Pessoalmente prefiro não ter de pensar na questão de género compositor/compositora. Acho que preferia falar em oportunidades, e na forma como as oportunidades são distribuídas. E de facto as oportunidades não são distribuídas de forma tão objectiva ou isenta como eu acho que deveriam ser, mas isto não tem a ver com questões de sexo, espero. Um pouco por todo lado, as grandes oportunidades dependem sempre muito dos conhecimentos que se vão construindo, e muitas vezes é uma questão de sorte, e de saber “estar no lugar certo, na hora certa”.

António Ferreira:

As duas perguntas fundem-se: os compositores não vivem num vácuo social e as condições do contexto determinam, em parte, o sucesso da prática composicional. Se vamos qualificar a música em termos de uma cultura, neste caso, a portuguesa, então temos que ter em conta dois aspectos: um aspecto local, a música que surge da sociedade portuguesa e um aspecto global, a música que surge da interacção de personalidades com um ambiente cosmopolita além-fronteiras geográficas. A minha história identifica-se com este segundo aspecto, mas poderia ter sido de outra maneira (podia ser, sei lá, um compositor/intérprete de fado ou de música alternativa...). Olhando para a nossa história musical cosmopolita, é talvez possível ver um padrão que se repete na actualidade: por patrocínio privado, público ou estatal surgem excelentes compositores que aproveitam as possibilidades económicas e de circulação das ideias. O problema é quase sempre, quando estamos quase “lá” acontece uma qualquer desgraça histórica ao país. É um problema de continuidade, uma cultura musical não se improvisa num dia nem se cria por decreto. Aqui estamos nós: existem excelentes compositores e intérpretes mas de português só podem, infelizmente, utilizar o nome. A realização continuada de projectos, a existência de encomendas, de projectos entre as artes, esbarra sempre com a descontinuidade do projecto socioeconómico do país.

Era o que afirmava Emmanuel Nunes quando dizia que ele não tinha abandonado Portugal mas sim que Portugal o tinha abandonado a ele. Assim recentemente partiram compositores como Tomás Henriques ou o João Pedro de Oliveira. Para todos nós que aqui estamos, a palavra é resistência e manter vivo um acervo de composições que se vai enriquecendo continuamente. A música, portuguesa ou outra, só vive enquanto for “alimentada”.

(...) falar do âmbito mais alargado da “música de arte” é também falar das condições que esta necessita e que encontra. As organizações que permitem a sua existência estão sempre a viver no limite do precipício financeiro. Do ponto de vista dos economistas, com a sua limitada sabedoria, o elemento mais importante prende-se com produtividade. Esta não pode ser incrementada pois um concerto para 15 instrumentistas concebido no século XVIII necessita de 15 instrumentistas no século XXI. Do ponto de vista económico, o processo é então classificado como ineficiente e ruinoso. É verdade que a tecnologia e a portabilidade aumentou o público potencial. Mas o dilema mantém-se: alguma forma de subsídio ou patrocínio (suporte estatal, incentivos fiscais) é requerido para manter a actividade da “música de arte” (e de outras actividades performativas). É necessário manter o capital cultural tangível (edifícios, salas) e incentivar o capital cultural intangível (práticas, ideias, valores). Caro? Sem dúvida mas provavelmente muito menos do que aquilo que se gasta a manter agentes de um certo “financialismo”, este verdadeiramente ruinoso.

António Chagas Rosa:

Penso que não existe algo como “música portuguesa” dada a integração dos compositores portugueses num contexto cultural cada vez mais globalizado. Há sim compositores portugueses e sua respectiva problemática. Há inclusive compositores portugueses que têm reconhecimento internacional e isso deve-se a um mérito artístico próprio. Chegaram tempos difíceis para tudo aquilo que não representa o gosto do grande público, na lógica da maioria dos programadores. Esta evolução, que é dura, tem o seu quê de compreensível, dada a postura de muitos compositores das últimas décadas que se entretiveram a escrever música anti-músicos e anti-público, barricados atrás de uns artigos que leram. Com o retrocesso do chamado “estado social”, o que não é um fenómeno exclusivamente português (onde aliás o tal estado social nunca teve a expressão de países como a França ou a Holanda), há agora menos espaço para se ser “anti”.

Os compositores que conheço dão aulas em qualquer lado e escrevem à noite e ao fim-de-semana. Sem ironia, acho que o seu papel é semelhante ao dos atletas que correm por gosto.

Bem, há partes do mundo que estão bem pior que Portugal! Só que nós nos comparamos com aquelas que sempre estiveram à nossa frente em termos culturais e económicos. Em Portugal, o poder político ainda considera que os gastos na cultura representam mais uma despesa do que um investimento. O maior problema português é o de nunca ter conseguido produzir uma elite que valorizasse e apoiasse continuadamente a música erudita para além do que ela representa em termos de evento social. Receio não estar a dizer nada de novo: no nosso país nunca fica mal dizer que não se percebe nada de música. Apesar dos esforços que os reis portugueses fizeram desde o século XVI para se criar uma escola de compositores, enviando bolseiros para Itália por exemplo, o poder burguês do último século e meio confunde patético com pateta, como vem descrito n’ “Os Maias”. Neste momento, após um desenvolvimento incrível na formação musical em Portugal nos vinte anos recentes, temos excelentes músicos jovens activos em toda a Europa. Na Suíça isto já é considerado um fenómeno. Mas no dia-a-dia português esta realidade é quase desconhecida. Há petróleo no quintal e ninguém dá por isso. Fica muito por dizer…

Bruno Gabirro:

Não sei se haverá muito para dizer sobre a situação da música em Portugal. Há certamente coisas interessantes que se vão fazendo e a acontecer, gente a trabalhar e aspectos positivos e negativos como em qualquer outra parte do mundo. Há no entanto problemas antigos que nunca foram resolvidos, e que continuam a existir, que impediram sempre uma real implantação de uma vida musical saudável no nosso país. Podemos invocar a importância do São Carlos no passado, ou a franca melhoria do ensino e do valor das novas gerações de músicos em Portugal, e muitos outros casos, mas nunca se conseguiu em Portugal uma vida musical com capacidade para dar um contributo real e efectivo à sociedade em que se inscreve e que permita um real desenvolvimento e integração dos seus intervenientes.

E isso só se resolve com uma séria discussão sobre o que queremos para a música no nosso país, podemos até não querer música de arte e declarar a sua inutilidade para os nossos desígnios e objectivos e se alguém a quiser fazer é um problema pessoal seu, mas é necessário que os músicos discutam a situação e o que querem, e que essa discussão seja estendida ao poder político institucional, a nível nacional, local e partidário, e que estes digam claramente o que pretendem e ajam em conformidade.

Sendo a situação do compositor diferente em cada período da história humana, e dadas as grandes mudanças à escala mundial que se têm verificado nos últimos 20 anos, o compositor de hoje vive uma situação nova na forma como se relaciona com a sociedade e com o poder. No entanto penso que independentemente da sua situação, o papel do compositor é e foi sempre o mesmo. Dentro das condições, problemas e exigências de cada época, o trabalho do compositor é o de questionar, pensar, imaginar e fazer música, e dessa forma agir como uma força de mudança no mundo que o rodeia, percorrendo outros caminhos, outras possibilidades.

Os questionários/entrevistas integrais com Paulo Ferreira-Lopes, Sara Carvalho, António Ferreira, António Chagas Rosa e Bruno Gabirro, estão disponíveis nos respectivos Dossiers destes compositores, disponíveis para download através das suas páginas no MIC.PT ou seguindo os links:
Dossier n.º 1 . Paulo Ferreira-Lopes;
Dossier n.º 2 . Sara Carvalho;
Dossier n.º 3 . António Ferreira;
Dossier n.º 4 . António Chagas Rosa;
Dossier n.º 5 . Bruno Gabirro.

Outubro de 2015
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