Rui Penha, compositor editado pelo MIC.PT, é um dos finalistas na primeira edição do Prémio Sonae Media Art, que incentiva a criação artística na área da media art. Diogo Evangelista, o colectivo Musa Paradisíaca de Miguel Ferrão e Eduardo Guerra, Tatiana Macedo e Patrícia Portela são os outros finalistas escolhidos de entre as 174 candidaturas recebidas por um júri composto por Sandra Vieira Jürgens (crítica, historiadora de arte e editora), Natxo Checa (curador e produtor na galeria ZDB, Lisboa) e Emília Tavares (curadora da área de Fotografia e Novos Media do MNAC-MC).
Os finalistas vão receber uma bolsa para a criação de obras a apresentar entre Novembro de 2015 e Janeiro de 2016 numa exposição no Museu do Chiado. O vencedor do Prémio será escolhido em Dezembro por um júri constituído por Lori Zippay, directora executiva da Electronic Arts Intermix, Marco Martins, realizador e encenador, e David Santos, director do Museu do Chiado.

Virgílio Melo será o protagonista que se segue no ciclo Conversas com Compositores Portugueses Contemporâneos, organizado pelo Atelier de Composição, e que irá ter lugar no próximo dia 10 de Janeiro pelas 17h00 no Gato Vadio no Porto. António Chagas Rosa, compositor editado pelo MIC.PT e convidado da sessão em Dezembro, será agora o intermediário a propósito da obra musical e a reflexão estética daquele compositor.
Conversas com Compositores Portugueses Contemporâneos é um ciclo de encontros que procura dar a conhecer "quem são, como pensam a música, em que se inspiram para escrever" os compositores portugueses da actualidade. A partir de uma conversa informal, escutam-se obras significativas da produção de cada um dos autores convidados, audições que servem de mote para a abordagem ao seu pensamento composicional, técnico, estético e filosófico. Esta será a sétima sessão do ciclo Conversas com Compositores Portugueses Contemporâneos.

No dia 10 de Dezembro o violetista João Pedro Delgado apresentou no Teatro Viriato em Viseu um recital dedicado a música portuguesa para viola e electrónica. O programa do concerto incluiu obras de três compositores editados pelo MIC.PT: A Propos d´un Son (Grisey in memoriam) de Eduardo Luís Patriarca, Rust de João Pedro Oliveria e Violeta’s de José Carlos Sousa; assim como peças de Sérgio Azevedo e Jaime Reis.
No mês de Janeiro será lançado o novo CD de João Pedro Delgado que incluirá as suas interpretações do mesmo programa, Viola Solo e Electrónica - Música de Compositores Portugueses. Neste sentido o músico visa dinamizar o repertório para viola solo e electrónica, quer através da encomenda de obras a compositores de diversas estéticas e vivências, quer através da circulação de obras já compostas, criando um espaço de reflexão sobre a utilização de suportes electrónicos, a contrastar com a viola inteiramente a solo.
Três obras deste programa constituem encomendas realizadas por João Pedro Delgado especificamente para o CD (de João Pedro Oliveira, Eduardo Patriarca e Sérgio Azevedo), sendo que duas foram escritas para o músico em 2013 por encomenda do Festival de Música da Primavera de Viseu e do Festival Dias da Música Electrónica (de José Carlos Sousa e Jaime Reis, respectivamente). O projecto é financiado pela DgArtes com o apoio do Síntese - Grupo de Música Contemporânea, Festival de Música da Primavera de Viseu e Festival Dias da Música Electrónica.

A obra Titanium para piano a 4 mãos e electrónica de João Pedro Oliveira, compositor editado pelo MIC.PT, recebeu Menção Honrosa no Concurso Internacional de Música Electroacústica Musica Nova na Categoria B, Composições para Instrumento(s) Acústicos e Electrónica. O concerto dos laureados no Musica Nova 2014 teve lugar a 9 de Dezembro em Praga.
Titanium de João Pedro Oliveira pertence a um grupo de quatro obras que se inspiram em elementos da natureza: Magma para violino e electrónica; Titanium para piano a 4 mãos, 2 pianos de brinquedo e electrónica; Burning Silver para flauta, guitarra e electrónica; e Rust para viola e electrónica. Cada uma destas peças relaciona-se com características dos elementos nos quais se inspira.

A obra para orquestra de sopros A vida é nossa de Gonçalo Gato, compositor editado pelo MIC.PT, será apresentada nos dias 7 e 8 de Janeiro às 18h00 no Auditório do Conservatório de Música de Coimbra e no Departamento de Comunicação e Arte da Universidade de Aveiro, respectivamente. Esta peça baseada em folclore português, foi seleccionada no âmbito do 2.º Concurso Nacional de Composição da Banda Sinfónica Portuguesa.
Os dois concertos terão a interpretação da Orquestra de Sopros da Universidade de Aveiro, com Henrique Portovedo no saxofone tenor e sob a direcção de Luís Carvalho. O programa incluirá ainda a estreia absoluta de Hugo Correia, Sofomania in Senatus para saxofone tenor, AKAI e orquestra de sopros, e duas obras de Alexandre Almeida e Luís Carvalho.

João Pedro Oliveira foi selecionado para o programa Listhus AiR SKAMMDEGI, no âmbito do qual em Janeiro, juntamente com a pianista e fotógrafa Ana Cláudia Assis, está a realizar em Listhús í Fjallabyggð na Islândia uma residência para compor uma nova obra para vídeo e electrónica.
Em islandês “skammdegi” significa um inverno escuro, com pouca luz do dia. 21 de Dezembro é o dia mais curto na Islândia com a luz do sol apenas entre as 11 da manhã e as 3 da tarde. Localizado em Ólafsfjörður no norte da ilha, Listhús í Fjallabyggð é rodeado por montanhas; o sol nunca consegue subir além delas, sendo que este lugar tem uma iluminação misteriosa e reverberante. As residências artísticas, Listhus AiR SKAMMDEGI, proporcionam a possibilidade de explorar o escuro inverno islandês.

Pedro M. Rocha, compositor editado pelo MIC.PT, é director musical no projecto Opereta A~Mar coordenado pela artista e performer, Loreto Martínez Troncoso, e criado em residência artística na região da Trafaria (Costa de Caparica). O projecto foi concretizado num espectáculo, estreado no dia 21 de Dezembro na Trafaria, e que parte das memórias orais e da cultura sonora da região. A performance consistiu em três actos, com o segundo composto de peças de música improvisada, e que incluiu a participação de músicos amadores e actores. O libreto de Loreto Martínez Troncoso aborda aspectos relacionados com a comunicação e as emoções; o seu conteúdo foi recolhido de diversas oficinas dramáticas em Segundo Torrão, Terras da Costa e Trafaria. O espectáculo fez também uso de vários sons gravados em diversas circunstâncias nestas localidades.
Além de Loreto Martínez Troncoso e Pedro M. Rocha, Opereta A~Mar envolveu os artistas, José Bernardino e Madalena Marques, o sonoplasta Artur Miguel Moura, o violoncelista Valter Marrafa, e vários músicos amadores, tendo tido ainda intervenções de grupos locais de cantares alentejanos e da banda da Trafaria. O projecto teve a coordenação da mediadora cultural Diana Pereira e o apoio da Câmara Municipal de Almada.

No dia 15 de Janeiro no O’culto da Ajuda (Travessa das Zebras n.º 25) em Belém, Lisboa, das 14h30 às 17h, irá decorrer a conferência SOS Digital - Património musical e preservação digital, organizada pelo Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa e pela DGLAB (Direcção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas) em articulação com a RPCPD (Rede de Preservação Comum de Património Digital) da qual o MIC.PT faz parte. Este evento tem como objectivo a apresentação do projecto Continuidade Digital, actualização da actual fase dos trabalhos e exploração do contributo da comunidade de prática da música neste contexto. Contará com comunicações da própria DGLAB - Preservação digital: um esforço solid(t)ário?; de António de Sousa Dias, compositor, professor e investigador no Instituto Superior Autónomo de Estudos Politécnicos (IPA) e Universidade Católica Portuguesa / Escola das Artes / CITAR - Música electrónica "live" e "recasting": três casos de estudo [Jorge Peixinho, Harmónicos (1967), Jorge Peixinho, Sax-Blue (1982) e Cândido Lima, Ñcáãncôa (1995)]; de Miguel Azguime, compositor e director do Centro de Investigação & Informação da Música Portuguesa - À procura de um arquivo dinâmico e inteligente para as obras musicais digitais? Histórias, contextos e perspectivas; e de Andreia Nogueira, doutoranda na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova e investigadora associada ao Centro de Estudos em Sociologia e Estética Musical - Pensar o futuro da música contemporânea com o advento da tecnologia digital.
Um momento musical com várias “obras musicais no digital” completará este evento. A participação é gratuita mas sujeita a inscrição (enviar uma mensagem electrónica para mario.santana@dglab.gov.pt referindo o nome, entidade/serviço e a designação SOS Digital em assunto, assim como "declaração de presença” caso necessário).

No dia 17 de Janeiro no O’culto da Ajuda em Lisboa decorrerá um espectáculo dedicado a Alvaro García de Zúñiga, escritor, poeta, filósofo, músico, encenador, e colaborador do Espaço Crítica para a Nova Música, que nos deixou recentemente. Radicado em Portugal desde os anos 1990, Alvaro García de Zúñiga viveu a sua juventude entre o Uruguai, onde nasceu, e a Argentina, onde iniciou a sua formação musical. Da música e das experiências de teatro musical transitou para o teatro e daí para outras escritas, deixando uma obra prolífica. Depois de estudar em Buenos Aires prosseguiu estudos em Londres, passou por Madrid, Paris e Colónia e fixou-se em Lisboa, onde se dedicou sobretudo à escrita. Em Portugal, assinou a autoria de vários espectáculos, incluindo o mais recente programa de leitura e discussão da obra Dom Quixote de la Mancha de Cervantes, no São Luiz Teatro Municipal em Lisboa. Para Alvaro García de Zúñiga, “a língua (e as línguas) são a matéria prima do trabalho.(...) Uma língua sem nacionalidade específica que se diverte a cruzar-se com outras línguas e a inverter as convenções linguísticas”. O espectáculo no O’culto da Ajuda que terá lugar às 21h00 será integralmente preenchido com obras suas, e irá contar com a participação de Teresa Albuquerque, com a qual este poeta-filósofo fundou a associação BlaBlaLab, do harpista e compositor Eduardo Raon, e ainda de outros participantes, seus amigos e cúmplices.
O "aniversário" de Alvaro García de Zúñiga será precedido no dia 16 de Janeiro, também às 21h00 no O'culto da Ajuda, com um espectáculo pelo Powertrio, com Joana Sá no piano, Luís Martins na guitarra e Eduardo Raon na harpa, no contexto do Art's Birthday 2015. Este evento, coproduzido pela Miso Music Portugal e Antena 2, é uma homenagem à Arte e ao seu papel na sociedade. As celebrações do Art's Birthday 2015 que se realizam no O'culto da Ajuda terão transmissão em directo na Antena 2 e para toda a Europa através da União Europeia de Radiodifusão.