Obras

Intérpretes

Impasto é uma técnica de pintura – em que o pigmento é misturado com óleo e cera de abelha e aplicado sobre a tela em camadas muito espessas, geralmente suficientemente espessas para que os traços do pincel sejam visíveis. Esta técnica faz com que a luz reflicta e se comporte de forma distinta, dando ao artista o controlo sobre onde concentrar a luz (e a sombra); pode acrescentar expressividade e movimento à pintura, onde a força e a velocidade com que o artista aplicou a tinta se torna agora visível; e pode transformar o que inicialmente era um desenho bidimensional numa representação tridimensional (quase) escultórica da mesma pintura (porque agora o quadro tem textura e sombras).
Nesta obra relaciono o que aprendi sobre esta técnica de pintura com os meus conhecimentos de música electrónica, baseando-me nas diversas possibilidades tímbricas de sintetizadores analógicos ou digitais. Procurei ‘traduzir’ o comportamento dos diversos componentes de um sintetizador, que se utilizam para enriquecer o timbre electrónico, para o meio acústico — neste caso, a orquestra de sopros.
Para concluir, tanto a técnica de impasto, na pintura, como os sintetizadores, na criação musical, partilham do mesmo objectivo de possibilitar toda uma nova experiência —e sobretudo dinâmica —ao público, sendo possível vivenciar a mesma obra de maneiras diferentes dependendo de onde nos posicionarmos.

Jorge Ramos · Folha de Sala · Casa da Música (20 de Fevereiro de 2022)

Obra	Tipo	Data	Entidade/Evento	Local	Localidade	País	Intérpretes	Observações	Inv Row
Impasto	Estreia	2022/Feb/20	IX Concurso de Composição BSP	Casa da Música	Porto	Portugal	Banda Sinfónica Portuguesa Osvaldo Ferreira (direcção musical)	Observações