A obra A Seresta Ferida foi escrita a pedido do clarinetista Nuno Silva e da oboísta Sally Dean, para integrar o repertório do seu quinteto: a eles é dedicada, com sincera admiração pelo seu excelente nível.
Eli Camargo Jr.
Andamentos / Partes
I. Canção
II. Seresta Ferida
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
Instrumentação Sintética quinteto instrumental
Estreia
Data 2007/Feb/08
Intérpretes
Sally Dean (oboé), Nuno Silva (clarinete), Gerardo Gramajo (viola), Ercole de Conca (contrabaixo)
Entidade/Evento Temporada da Metropolitana 2006/07 · Solistas da Metropolitana
Local Palácio Foz
Localidade Lisboa
País Portugal
Notas Sobre a Obra
Durante a minha infância no Brasil, as Serestas eram serenatas feitas com guitarristas, flautistas, clarinetistas, cantores, que formavam grupos espontâneos e breves, ao sabor dos encontros que ocorriam nas casas dos amigos durante as noites de fim de semana.
I. Canção: Presença difusa, linhas em quase só intenção; melodia em estados de será ou já foi:
Promete-se e fuma-se: Música que não basta, sentimentos incompletos algo angústia – algo livres:
Esta Canção é o Aroma De Uma Seresta Por Começar.
II. Seresta Ferida: A essência do lirismo estava nas Serestas quando as conheci - marcaram-me as melodias, a indescritível força da sua expressão naquelas noites brasileiras. Esta é a minha evocação serestial onde os sons da vida-já turvam a lembrança das melodias; é aquela quase-Seresta que compus aos cinquenta anos, aquela que foi ferida, quando o Tempo levou o último dos meus seresteiros – meu tio Bayard Umbuzeiro, guitarrista popular.
Eli Camargo Júnior, Vila Franca de Xira, Portugal/ Guarujá, Brasil- Julho/ Setembro de 2006
