Obras

Instrumentação Analítica

Sopros	Flauta, Clarinete, Fagote
Percussão	Percussão (Vibrafone, Marimba, 2 Bongó, 2 Conga, 3 Tímpanos, Glockenspiel)
Teclados	Piano
Cordas (dedilh./fricc.)	Violino, Viola, Violoncelo

Intérpretes

Sem texto, nem história, nem dança, nem coro, nem acção dramática, aqui concentram-se, em ramificações e ressonâncias, influências de sonoridades e ritos diversos, do Minho ao Japão, de África ao canto grego(riano). Um ou dois eixos em torno dos quais gira o recitativo são a fonte geradora de uma salmodia oriental, que toca bem por dentro a salmodia da música antiga europeia e de alguns compositores da era moderna. O Tempo e o Silêncio contrastam com intensas sonoridades, e se a dança, o gesto, a voz, os diálogos existem, há que encontrá-los numa história abstracta de uma dezena de minutos, através de um longo encadeamento de "fórmulas melódicas" e de "personagens rítmicas". Nô (1986) resulta de uma encomenda da Fundação Calouste Gulbenkian a convite do Grupo Koan, de Madrid. Obra para oito instrumentos, a sua constituição é inteiramente diferente da do teatro Nô. É na estruturação das ressonâncias das "fórmulas" e das "personagens" citadas, e na forma, que se podem encontrar os fundamentos do título. As extensões tocam as alturas, o ritmo, o tempo, o timbre, a instrumentação e a orquestração. O que poderá mais caracterizar a obra é o recitativo das formas de canto medieval; monólogos, diálogos, coros, silêncios, em longos versículos à maneira de textos antigos. Cândido Lima

Obra	Tipo	Data	Entidade/Evento	Local	Localidade	País	Intérpretes	Observações	Inv Row
Nô	Estreia	1988/May/04	12ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea	Fundação Calouste Gulbenkian - Grande Auditório	Lisboa	Portugal	Grupo Música Nova: Olavo Tengner (flauta), Alberto Vieira (clarinete), Isabel Cristina Guedes (percussão), Cândido Lima (piano), Alberto Gaio Lima (violino), Cristina Isabel Martins (viola), Paulo Gaio Lima (violoncelo) Cândido Lima (direcção)	Observações