Ordenação 1
Título Similitudes e Influencias
Autor Antonio Iglesias
Data 2003/Jun
Observações
“O Concerto para Dois Pianos, do português Sérgio Azevedo, deixando de lado uma visão pessoal, revela procedimentos usuais de um hoje já relativo (desde o rebentar de balões, cujo ruído o público comentou divertido).../...O esforço que um programa assim supõe para qualquer orquestra, foi superado pelo excelente trabalho da orquestra, em grande forma. A batuta do suíço-francês Luca Pfaff merece sinceros elogios, desde a concepção do programa a uma realização correctíssima no geral, roçando até uma certa frieza. Dos dois pianistas portugueses, Artur Pizarro e António Rosado, admirámos os bons meios técnicos e um conhecimento superior das suas nada fáceis contribuições. Fizemos já notar que o Concerto para Dois Pianos, do actual professor da Escola Superior de Música de Lisboa, se não resulta revelador de processos peculiares da música atonal, escrita reflectiva dentro de estruturas, no seu conjunto revela um notável conhecimento do timbre – balões aparte -, alcançando o seu momento mais interessante no terceiro andamento, “Chorale” solene, levado pelo “tutti” e os dois solistas, numa escrita predominantemente vertical, com intervenções destacadas da harpa; uma atmosfera de “toccata” impera no final, tão divertido como interessante. O público aplaudiu sempre com evidente interesse, e comedidamente na estreia, o que, não obstante, fez subir ao palco o jovem compositor luso.”
Antonio Iglesias (tradução do original em castelhano)
“O Concerto para Dois Pianos, do português Sérgio Azevedo, deixando de lado uma visão pessoal, revela procedimentos usuais de um hoje já relativo (desde o rebentar de balões, cujo ruído o público comentou divertido).../...O esforço que um programa assim supõe para qualquer orquestra, foi superado pelo excelente trabalho da orquestra, em grande forma. A batuta do suíço-francês Luca Pfaff merece sinceros elogios, desde a concepção do programa a uma realização correctíssima no geral, roçando até uma certa frieza. Dos dois pianistas portugueses, Artur Pizarro e António Rosado, admirámos os bons meios técnicos e um conhecimento superior das suas nada fáceis contribuições. Fizemos já notar que o Concerto para Dois Pianos, do actual professor da Escola Superior de Música de Lisboa, se não resulta revelador de processos peculiares da música atonal, escrita reflectiva dentro de estruturas, no seu conjunto revela um notável conhecimento do timbre – balões aparte -, alcançando o seu momento mais interessante no terceiro andamento, “Chorale” solene, levado pelo “tutti” e os dois solistas, numa escrita predominantemente vertical, com intervenções destacadas da harpa; uma atmosfera de “toccata” impera no final, tão divertido como interessante. O público aplaudiu sempre com evidente interesse, e comedidamente na estreia, o que, não obstante, fez subir ao palco o jovem compositor luso.”
Antonio Iglesias (tradução do original em castelhano)
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