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Bruno Gabirro Em Foco no MIC​.​PT em novembro
Em novembro o MIC.PT apresenta na secção Em Foco uma nova entrevista com Bruno Gabirro, para assinalar o 50.º aniversário deste compositor de música instrumental e mista, que valoriza a ideia de discurso como «a razão ativa e a energia que tudo anima».
Bruno Gabirro estudou Violino na Academia de Amadores de Música de Lisboa e depois Composição na ESML. Desde 2003 participou nos Seminários de Composição na Fundação Gulbenkian, orientados por Emmanuel Nunes. Em 2008 concluiu o Mestrado em Composição na Royal Academy of Music em Londres onde trabalhou com Peter Maxwell Davies; tendo sido também bolseiro da FCT no CESEM (Universidade NOVA) para trabalhar na Tese de Doutoramento sobre os quartetos de cordas de Luigi Nono e Emmanuel Nunes. Em 2014 realizou uma residência na Casa de Velázquez em Madrid desenvolvendo o projeto, Para uma verdadeira integração do espaço como parâmetro sonoro musical. Juntamente com o percussionista Rui Silva, é co-autor do projeto Aduf&lectrónica, recentemente editado em CD pela Miso Records. Presentemente, Bruno Gabirro trabalha no novo ciclo de peças para o Sond’Ar-te Electric Ensemble, informalmente denominado como «ópera» e intitulado La commedia è finita!.
Atividade · Compositoras e Compositores Editados pelo MIC​.​PT
Christopher Bochmann
Ângela da Ponte · © Rui Neto

Três novas obras eletroacústicas de Ângela da Ponte serão estreadas no dia 18 de novembro no Auditório do Conservatório de Música de Viseu, no contexto do Prelúdio à 17.ª edição do Festival Internacional de Música da Primavera de Viseu; são elas: Paisagem sonora improvisada #1 (2023) para sintetizador modular e computador, Analogue Sessions 1.1 (2023) e Vertigem (2023). Outra peça desta compositora editada pelo MIC.PT Havana Club (2014) para guitarra, faz parte do concerto Guitarra no Feminino na interpretação de Maria Beatriz de Oliveira e que decorrerá a 24 de novembro na Casa das Artes do Porto. E, por fim, a obra para flauta e eletrónica de Ângela da Ponte, We Can’t Breathe (2021), será apresentada durante o festival ISCM World New Music Days 2023 que terá lugar entre os dias 24 de novembro e 3 de dezembro na África do Sul (Joanesburgo e Cidade do Cabo). Esta obra foi selecionada para o WNMD 2023 no âmbito da candidatura oficial da Miso Music Portugal/ MIC.PT enquanto Secção Portuguesa da ISCM.
Christopher Bochmann
António de Sosua Dias · © Paula Azguime

Em novembro António de Sousa Dias (compositor editado pelo MIC.PT) participará em mais uma sessão do ciclo Atrás do Som e da Imagem, cuja edição de 2023 intitulada Memória de Som e de Imagem é dedicada à obra de Susana de Sousa Dias. Para esta realizadora o som no cinema é fundamental e, neste sentido, ela tem colaborado com António de Sousa Dias para trabalhar o som dos seus filmes. Esta sessão, que decorrerá a 3 de novembro no Centro Cultural e de Congressos nas Caldas da Rainha, contará com a presença dos próprios criadores em conversa com Pedro Boléo em torno das possíveis interações entre o som e a imagem; e incluirá a exibição dos filmes Natureza Morta (2005) e 48 (2009). Adicionalmente, a ópera Manifesto Nada com a música de António de Sousa Dias e libreto e encenação de Alexandre Lyra Leite, a partir de Manifestos DADA de Tristan Tzara, será apresentada a 18 de novembro no Cine-Teatro Camacho Costa em Odemira, fazendo parte da programação da Miso Music Portugal neste concelho.
António Chagas Rosa · © Bruno Nacarato
António Chagas Rosa · © Bruno Nacarato

A obra Deep Water Music (2002) de António Chagas Rosa (compositor editado pelo MIC.PT) está incluída no programa do concerto do Drumming – Grupo de Percussão (Vitor Castro, Jorge Pereira, João Miguel Braga Simões e Miquel Bernat), que terá lugar a 9 de novembro no O’culto da Ajuda em Lisboa. Esta «peça foi escrita sob encomenda do Drumming, tendo como inspiração o tema dos Beatles – Yellow Submarine» – diz António Chagas Rosa na nota de programa. E continua: «Trata-se de um quadro musical destinado a quatro percussionistas que, dispondo de um instrumental bastante restrito, tiram partido de uma forma obsessiva e de certo modo onírica, do esqueleto rítmico da canção evocada. A sonoridade dos tímpanos, a lembrar águas profundas, é compensada pela utilização de um pequeno brinquedo musical que evoca o célebre tema como uma memória.» No referido concerto o Drumming, ao qual se juntará Anthony Pateras no piano, apresentará ainda a estreia da obra Chronotope (2023) deste compositor e pianista australiano e também a peça Dirdira (2023) de Guillermo Lauzurika.

A estreia da obra de António Pinho Vargas (compositor editado pelo MIC.PT), 3 Paráfrases (2023) para quatro instrumentos, terá lugar a 10 de novembro no âmbito do concerto Obras Portuenses da Década de 20, na Igreja de São Pedro de Miragaia no Porto. Para este projeto, organizado no contexto do programa Cultura em Expansão, a Sonoscopia «voltou a convidar quatro compositores portuenses – António Pinho Vargas, Carlos Guedes, Olívia Silva e Pedro Junqueira Maia – para uma reflexão, traduzida sobre a forma de música, que espelhasse aquilo que é a vida no Porto de hoje.» As obras serão interpretadas por um quarteto escolhido para este projeto, o Supernova Ensemble, com Clara Saleiro (flauta), Frederic Cardoso (clarinete) João Dias (percussão) e Carina Albuquerque (violoncelo). Adicionalmente, o lançamento do CD Lamentos (Artway Records) com três obras de António Pinho VargasSinfonia (subjetiva) (2019), Concerto para viola e Concerto para violino (ambos de 2016) – decorrerá a 22 de novembro na sede da Orquestra Metropolitana de Lisboa.

A 28 de novembro, um concerto monográfico (com parceria da RTP – Antena 2) contará com a estreia absoluta de quatro obras de Christopher Bochmann: My monstrous mountain’d walke (1999), Three Motets (1968), Ecce lignum, Salvator mundi (1983) e O vos omnes (1980). Neste mesmo concerto, serão também apresentadas duas outras obras deste compositor editado pelo MIC.PT: Morning (2000) e Maria Matos Medley (1997). Notavelmente, ambas as obras têm como base a poesia norte-americana do século XX: a primeira obra parte do poema, only this, de E. E. Cummings «que fala dos momentos mágicos do amanhecer», como refere o compositor na nota programa. A segunda, por seu turno, utiliza um excerto da letra da canção Peace Frog, da autoria de Jim Morrison (The Doors): «blood is the rose of my mysterious union». Todas estas composições, destinadas para coro a cappella, serão apresentadas pelo Grupo Vocal Olisipo (dirigido por Armando Possante), no Museu Nacional de Arte Antiga em Lisboa (com transmissão direta na Antena 2), naquilo que será o segundo de uma série de três concertos dedicados à obra de Christopher Bochmann.

Nocturno para Constança é o título do espetáculo do Capdeville Ensemble, sob a direção de José Eduardo Gomes, que terá lugar a 4 de novembro no Cine-Teatro de Alcobaça João D'Oliva Monteiro (Festival Cistermúsica). Como apresentam esta performance os seus organizadores, Nocturno para Constança «não é um concerto, não é uma peça de teatro... É um espetáculo uno, onde as obras se entrelaçam e sucedem sem interrupções». Neste sentido, o programa desta «peça de teatro-música» incluirá não só duas obras de Constança Capdeville (compositora editada pelo MIC.PT e criadora do conceito de «teatro-música») – Di lontan fa specchio il mare (1989) para grupo instrumental ad libitum e Momento I (1971-1974) para grupo instrumental – mas ainda a obra de Ângela da Ponte (também compositora editada pelo MIC.PT), Ao Desconcerto do Mundo (2014) para grupo instrumental, narrador e eletrónica, baseada no poema homónimo de Luís de Camões; e também duas obras de Ana Seara (diretora artística do Capdeville Ensemble): Passa uma borboleta (homenagem a Olga Prats) (2018) para piano e Nocturno (2019) para guitarra e eletrónica.

No passado dia 20 de outubro, no Mosteiro dos Tibães em Braga, foi lançado o CD Cantares do Minho – Quatro suites para trio de guitarras, com música de Fernando C. Lapa (compositor editado pelo MIC.PT). Nesta nova edição as quatro suites, Cantigas de trabalho, Cantigas de São João, Melodias religiosas e Danças e cantares de romaria, que partem de «21 melodias tradicionais cantadas em terras do Minho, com epicentro na região de Braga e concelhos circundantes», como refere o próprio compositor na nota de programa, são interpretadas pelo Bracara Augusta Guitar Trio (com Artur Caldeira, Daniel Paredes e Artur Gil Godinho). Adicionalmente, em novembro vai ser apresentado o espetáculo Raiz Pivotante, uma obra com música de Fernando C. Lapa, encenação de Claúdio Fuentes, produção do Quarteto Contratempus e na interpretação de Teresa Nunes (soprano), Miguel Leitão (tenor), Crispim Luz (clarinete), Ana Conceição (violoncelo) e Dalila Teixeira (piano). Este é «um concerto encenado sobre a terra e a vida» que este mês vai ganhar forma em Faro, no Teatro Lethes no dia 25, levando o ouvinte a nadar «contracorrente para falar sobre natureza, natural, crescimento, transplantação, revolução e tradição».
Hugo Vasco Reis
Hugo Vasco Reis · © Johannes Lins

Em novembro terão lugar várias apresentações da música de Hugo Vasco Reis (compositor editado pelo MIC.PT). No dia 3, 4 e 5, respetivamente, em Covilhã, Castelo Branco e Coimbra, o Coletivo Lovemusic interpretará a obra Caligrafia do Vento (2023; estreia) para flauta, clarinete baixo, guitarra e violoncelo, no âmbito do 17.º Festival Síntese. Quatro dias depois, a 8 de novembro, durante o mesmo festival, o Fragmentos Ensemble apresentará a sua obra Diálogos da Árvore (2023; estreia) para ensemble, no Teatro Municipal da Guarda. Depois, no dia 10 durante o Eborae Música – XIX Ciclo de Concertos Música no Inverno, no espetáculo do Quarteto de Cordas Contemporâneo que terá lugar no Convento dos Remédios em Évora, será interpretado o Quarteto de Cordas n.º 1 – Imago (2023). A 17 de novembro no contexto do Bilgi New Music Festival em Istanbul (Turquia), a violoncelista Katharina Gross interpretará a composição de Hugo Vasco Reis de 2022 para violoncelo e eletrónica, Dimensions IV. Adicionalmente, a sua instalação audiovisual Silent Events (2023) terá a primeira apresentação a 27 de novembro no âmbito do ciclo Sonic MatterPush Play, na Zürcher Hochschule der Künste – Toni-Areal (Zurique, Suíça).

Em novembro, a música de Igor C. Silva será interpretada no contexto de quatro concertos. A obra My Empty Hands (2018), para grupo flexível de percussão, eletrónica e vídeo, será apresentada na América e na Europa. O primeiro concerto terá lugar no dia 7, na SIU – Southern Illinois University (Carbondale) e a obra será interpretada pelo SIU Percussion Ensemble. A segunda apresentação ocorrerá no dia 22, com o Freiburg Percussion Group a atuar na Wolfgang Hoffmann-Saal, uma sala na Hochschule für Musik Freiburg, na Alemanha. No dia 18, a clarinetista Maija Anttila irá apresentar a obra No Blueberry (2018) de Igor C. Silva no Teatro Tornado em Rantasalmi, na Finlândia. E, por fim, a sua peça Drive_! (2013) está incluída no programa do recital do percussionista Jonathan Silva, que terá lugar a 11 de novembro no O’culto da Ajuda em Lisboa (Talentos Emergentes). Adicionalmente, um novo EP (ed. New Amsterdam) com a obra Hypernormalization (2018) deste compositor editado pelo MIC.PT, na interpretação de Bec Plexus (voz) e João Miguel Braga Simões (percussão), está agora disponível em várias plataformas digitais.
Jaime Reis · © Sofia Nunes
Jaime Reis · © Sofia Nunes

A obra de Jaime Reis, Sangue Inverso: Rosa do Deserto (2022) para violino, violoncelo, flauta, clarinete e piano, está incluída no programa do concerto Fadenspiele que decorrerá a 3 de novembro no Auditório do Colégio Mateus d’Aranda, no contexto do Festival de Música Contemporânea de Évora. Esta performance contará com a participação do Ensemble DME, Gerhard Stäbler e Kunsu Shim e dos alunos da Escola de Artes da Universidade de Évora. Outra obra deste compositor editado pelo MIC.PT, Voces Excipere (2017) para 12 vozes a cappella, será interpretada pelo grupo AuditivVokal Dresden a 21 de novembro na Liebfrauenkirche em Duisburg (Alemanha), durante o concerto intitulado Denk ich an Deutschland in der Nacht... que no programa incluirá também, entre outras peças, uma obra de Emmanuel Nunes. Adicionalmente, uma nova versão da obra acusmática de Jaime Reis, Magistri Mei: Bruckner (2020-2023), será apresentada no concerto inaugural da Fundação Annette Vande Gorne, a 29 de novembro no Espace Senghor em Bruxelas (Bélgica).
 
RIZOMA
logo · riZoma
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riZoma · Plataforma de Intervenção e Investigação para a Criação Musical

riZoma é uma rede formada por um conjunto alargado de entidades portuguesas ativas ligadas à criação, à educação, à interpretação e à investigação, com larga experiência no contexto da música erudita contemporânea. A Plataforma riZoma foi criada para estabelecer o diálogo e a articulação entre as entidades que a constituem e para falar a uma só voz junto do público e das tutelas, dando protagonismo ao esforço perpetrado por muitos e criando uma força nova que assenta no valor inestimável que a música erudita contemporânea criada em Portugal tem para a identidade cultural do nosso país.
MÚSICA DE INVENÇÃO E PESQUISA
CD
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· 10 / 11 · 1h00 · Antena 2 ·
Novos CD com música portuguesa

Um programa dedicado à audição de edições recentes em disco de música da atualidade. Com peças do disco do saxofonista João Pedro Silva, Música portuguesa para saxofone e orquestra (MPMP). O mesmo programa divulga ainda novas obras de compositores portugueses incluídas no CD do saxofonista Ricardo Pires, Windsor Project (MPMP), bem como algumas peças do disco mémoir... mirroir (Rituais Modernos), com obras encomendadas a compositores portugueses contemporâneos pelo Duo Sigma.
microfone
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· 24 / 11 · 1h00 · Antena 2 ·
Na 1.ª Pessoa, Luís Neto da Costa

Um programa do ciclo Na 1.ª Pessoa, com uma entrevista com o compositor Luís Neto da Costa. Luís Neto da Costa é um compositor que se dedica também à investigação, à direção e ao ensino. As suas obras abrangem instrumento a solo, grupos de câmara e orquestra, incorporando frequentemente eletrónica para acrescentar novas dimensões. O ciclo Na 1.ª Pessoa é uma série de entrevistas realizadas por Pedro Boléo a compositores e compositoras da atualidade à volta do seu percurso, das suas ideias e da sua música.
Novas Partituras no MIC​.​PT
andorinhas
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A edição de partituras pelo MIC.PT tem como alvo a divulgação de partituras de obras de compositores residentes e ativos em Portugal, fomentando a sua escolha por parte de músicos e programadores, e ainda o seu estudo no meio académico. Neste momento, o Catálogo de Partituras Editadas pelo MIC.PT inclui 1144 obras.
Ângela da Ponte (APon0011)
We can’t breathe (2021) · flauta e eletrónica
Christopher Bochmann (CB0137)
Triste Tríade (in memoriam José Luís Ferreira) (2018) · piano
Novos Livros no MIC​.​PT
Ana Cláudia de Assis · A CAMINHO DE NOVOS PORTOS · Capa
ed. CESEM
Ana Cláudia de Assis
A CAMINHO DE NOVOS PORTOS

O piano de Jorge Peixinho no intercâmbio musical entre Brasil e Portugal (1970-1990)



estreias recentes
João Caldas
3/ 10, Casa da Música, Porto
Duo Sirius: Diogo João (guitarra) e Márcio Silva (guitarra)
Camila Salomé Menino
Ti Ladainha d'Albarda>> ver obra
Francisco Ribeiro
A Essência da Pedra>> ver obra
João Silva
[...] pela corrente>> ver obra
José Tiago Batista
Cantos d’Alquimia – coração de barro preto>> ver obra
Solange Azevedo
Água viva de Vidago>> ver obra
7/ 10, Nove Aldeias, Um Povo, Largo da Feira, Valpaços
Banda Musical de Loivos, Coro Comunitário, Luciano Pereira (maestro)
látigo.pele.>> ver obra
14/ 10, ZeitGenuss, ZKM – Karlsruhe, Alemanha
Estudantes (Universidade de Música, Karlsruhe), Sebastian Schottke (direção de som)
Livro de bolso — sobre 4 poemas de Eugénio
de Andrade
>> ver obra
João Pedro Delgado
Itinerário das Amoras Bravas>> ver obra
Branca Rosa Brava>> ver obra
Quatro canções de luz e de sombra>> ver obra
14/ 10, 17.º Festival Síntese, CCC, Castelo Branco
Figuras Reconfiguradas>> ver obra
28/ 10, MAMCS, Estrasburgo, França
Síntese – GMC, Yan Mikirtumov (maestro), Collectif lovemusic
Kintsugi>> ver obra
28/ 10, Zet Gallery, Braga
Gil Magalhães (flauta)
Alfredo Teixeira
a tua ausência de ti>> ver obra
João Fonseca e Costa
29/ 10, Festival Sons do Côa, Auditório Municipal do Sabugal
Ensemble São Tomás de Aquino, Maria de Fátima Nunes (maestrina)
O desertor>> ver obra
Nezara viridula nella mia stanza>> ver obra
31/ 10, GMCL – Mundos, O’culto da Ajuda, Lisboa
Golfadas de Silêncio>> ver obra
31/ 10, 50.º aniversário da OSJ, Teatro São Luiz, Lisboa
João Castro Pinto · © Michael Wieser
João Castro Pinto · © Michael Wieser

Hypo-Stasis é o título do álbum colaborativo de João Castro Pinto, compositor editado pelo MIC.PT, e Anastasis Grivas – compositor, performer e curador Grego –, que será lançado pela Grimaces éditions a 24 de novembro. Trata-se da edição de um livro-disco de música eletroacústica improvisada, com design e trabalho visual de João Castro Pinto, e que será publicado numa edição impressa em risografia, limitada a 50 cópias. Hypo-Stasis é o resultado musical deste duo, iniciado em 2003, entre Anastasis Grivas (guitarra preparada customizada, objetos e microfones de contacto) e João Castro Pinto (laptop, processamento eletroacústico), que apresenta diversas abordagens musicais, desde as iniciais dronescapes, de perfil minimal, silente e escuro, até às peças finais mais dinâmicas. Para marcar o lançamento de Hypo-Stasis, no dia 24 na SMOP em Lisboa, João Castro Pinto dará um concerto, organizado pela Nariz Entupido, usando samples do disco e reinterpretando o mesmo via laptop (field recordings), controladores MIDI e sintetizador.
João Madureira · © Teresa Santos
João Madureira · © Teresa Santos

Três peças de João Madureira (compositor editado pelo MIC.PT) fazem parte do recital, Diálogos de som e imagem, da pianista Ana Telles, que decorrerá durante o Festival de Música Contemporânea de Évora, a 3 de novembro, no Teatro Garcia de Resende. As obras são: dois andamentos do ciclo Estudos Literários – Retratos (2011-2013), Cristiana (versão com vídeo de Maria Jacobetty Bacelar) e A. H. (versão com vídeo de João de Bettencourt Bacelar); e Coroa (2011; versão com vídeo de João de Bettencourt Bacelar). O ciclo Estudos Literários – Retratos resulta de um desafio lançado por Ana Telles ao compositor, em 2011, aquando do centenário da composição dos Études-Tableaux de Rachmaninoff. Por seu lado, Coroa para piano e voz recitante inclui o fragmento de um texto de Maria Gabriela Llansol «sobre o qual se circunscreve esta peça», explica João Madureira. O recital Diálogos de som e imagem incluirá ainda a música dos três compositores editados pelo MIC.PT: Carlos Caires, Carlos Marecos e João Pedro Oliveira.
João Quinteiro · © Sinem Taz
João Quinteiro · © Sinem Tas

Entre os dias 7 e 12 de novembro João Quinteiro irá realizar uma residência artística no espaço Lisboa Incomum (Ciclo de Residências DME). Nesta residência dedicada ao tema de Espacialização, este compositor editado pelo MIC.PT irá trabalhar com a harpista Salomé Pais Matos, que na apresentação final, no dia 12, estreará a obra de João Quinteiro, Penélope, meio-dia (2023). Composta para harpa espacializada e atriz, esta é uma das peças satélite da sua ópera Regresso, cuja estreia terá lugar em maio de 2024 no O’culto da Ajuda em Lisboa. Na apresentação de Penélope, meio-dia no Lisboa Incomum, para realizar o papel de atriz, a Salomé Pais Matos juntar-se-á a soprano Camila Mandillo. Na entrevista dada ao MIC.PT em janeiro de 2020 João Quinteiro disse: «Componho pela inevitabilidade de o fazer, pela presença súbita de objetos que são som e que exercem uma pressão tremenda e ocupam um espaço enorme da minha disponibilidade mental».

O próximo concerto da Orquestra de Sopros da ARTEAM – Escola Profissional Artística do Alto Minho, sob a direção de Diogo Costa, que decorrerá a 27 de novembro no Teatro Municipal Sá de Miranda em Viana do Castelo, contará no seu programa com a obra al-Uqṣur para orquestra de sopros de Lino Guerreiro. Composta em 2016, al-Uqṣur reflete o interesse deste compositor editado pelo MIC.PT, pelas civilizações do mundo antigo, sendo a civilização egípcia talvez aquela que o mais fascine. Como revela o compositor nas notas de programa: «Esta obra retrata um ‘folclore imaginário’ principalmente proveniente da literatura que fui consumindo ao longo dos anos. Esta composição, que dedico a Francisco Ferreira e à Banda Sinfónica Portuguesa, teve a sua estreia no contexto do III Concurso Nacional de Composição da Banda Sinfónica Portuguesa. A obra tem seis andamentos: al-Uqṣur, Torrents from Nile, The Pyramid of Giza, Cairo City, The Nile Delta e Luxor
Miguel Azguime · © Adam Walanus
Miguel Azguime · © Adam Walanus

A ação poética/ teatro eletroacústico de Miguel Azguime, A vida é sempre preferível, ou o monólogo do sal para lhe completar a medida (2021-2023), será apresentada a 25 de novembro no Cine-Teatro Camacho Costa em Odemira. Este é um novo espetáculo de poesia sonora de Miguel Azguime, no qual o compositor, o poeta e o performer se voltam a reunir num só a solo, «para uma nova incursão pela palavra enquanto música e pela música enquanto palavra». A vida é sempre preferível é um work in progress «à procura de um novo devir, regresso à palavra e às suas transformações eletrónicas, reflexão sobre o homem e o mundo, onde a vida é sempre o caminho e o lugar preferível» – indica o compositor nas notas de programa. Adicionalmente, entre os dias 27 de novembro e 3 de dezembro, Miguel Azguime continuará a residência artística, O Presente do Futuro, na Fundação da Casa de Mateus em Vila Real, iniciada em outubro e no âmbito da qual este compositor editado pelo MIC.PT está a desenvolver um novo projeto de new op-era.

No próximo dia 10 de novembro, o Quarteto de Cordas Contemporâneo (António Ramos e Clara Dias, violinos; Diana Antunes, viola; Rogério Peixinho, violoncelo) irá interpretar a obra ... is a wasted emotion (2023) de Sara Carvalho (compositora editada pelo MIC.PT), durante o Eborae Música – XIX Ciclo de Concertos Música no Inverno. O programa deste concerto, que terá lugar no Convento dos Remédios em Évora, incluirá ainda quatro outras composições, de Ana Magalhães, João Pedro Oliveira, Amílcar Vasques-Dias e Hugo Vasco Reis (os três últimos, compositores editados pelo MIC.PT). «A ideia que impulsionou a escrita da obra ... is a wasted emotion foi imaginar o que cada ouvinte sentiria durante a sua audição» – explica Sara Carvalho nas notas de programa. E continua: «É por esta razão que deixei o título em aberto (…), para que cada ouvinte possa completar as reticências com a(s) palavra(s) que possa(m) corresponder à(s) emoção(emoções) relativa(s) ao que está a ouvir.»

A obra Tempus fugit un terris nihil aeternus est (2010) de Patrícia Sucena de Almeida (compositora editada pelo MIC.PT) faz parte do concerto Música no Feminino do Grupo de Música Contemporânea de Lisboa dirigido por Rui Pinheiro, que terá lugar no próximo dia 18 de novembro no Cine-Teatro de Alcobaça – João d’Oliva Monteiro, no âmbito do ciclo Fronteiras do Festival Cistermúsica. O programa deste concerto, que propõe uma viagem pela composição no feminino em Portugal através de diferentes gerações de compositoras, incuirá também duas peças de Clotilde Rosa (compositora editada pelo MIC.PT), No mais fundo de ti (2013) e Breve será dia (1994), a obra Momento I (1971-1974) de Constança Capdeville (também compositora editada pelo MIC.PT); e ainda a Fantasia para Clarinete Baixo e Ensemble (2021) de Anne Victorino d’Almeida e a peça Do Tempo (2009) de Ana Seara. Neste contexto, a obra Tempus fugit de Patrícia Sucena de Almeida incorpora o virtuosismo rítmico num pensamento multidisciplinar, no qual a imagem se integra na construção musical.

Em novembro, as obras de Paulo Bastos (compositor editado pelo MIC.PT) circularão em território nacional e internacional. Tudo começará no primeiro domingo do mês, dia 5, no qual o L’Effetto Ensemble, grupo composto pela soprano Dora Rodrigues e pelo guitarrista Rui Gama, interpretará Cinco canções de Miguel Torga (2016) e La courbe de tes yeux (2022), duas obras que constam no CD Caprichos (ed. Artway Records) recentemente galardoado no contexto dos Global Music Awards. O concerto, enquadrado no Festival Utopia, decorrerá no Espaço Vita – Capela Imaculada, em Braga. Já na segunda quinzena, a 16 de novembro, o NoMad Duo, constituído por Ricardo Antão, no eufónio, e Jonathan Silva, na percussão, estreará a obra three 4 two (2022) de Paulo Bastos, no âmbito dos Festivais de Outono, no Teatro da Vista Alegre em Aveiro. No mesmo dia, as pianistas Patrícia Ventura e Sónia Amaral, enquanto a formação de Kla-Vier Duo, interpretarão a obra Sou já do que fui (2019), composta para piano a quatro mãos. O concerto terá lugar no Thomas Prior Hall em Dublin, capital da Irlanda.

O lançamento do novo CD duplo editado pela Sonoscopia, Obras Portuenses da Década de 20, terá lugar no concerto homónimo com a participação do Supernova Ensemble (Clara Saleiro, flauta; Frederic Cardoso, clarinete; João Dias, percussão; Carina Albuquerque, violoncelo), a 10 de novembro na Igreja de São Pedro de Miragaia no Porto; e que no programa incluirá obras de António Pinho Vargas (compositor editado pelo MIC.PT), Carlos Guedes, Olívia Silva e Pedro Junqueira Maia. Por seu lado, no novo CD constam obras de seis compositoras e compositores editados pelo MIC.PT: Ângela da Ponte, Ângela Lopes, Cândido Lima, Igor C. Silva, Isabel Soveral e Sara Carvalho; e ainda peças de Álvaro Salazar e José Alberto Gomes. Obras Portuenses da Década de 20 é um projeto desenvolvido pela Sonoscopia para o Cultura em Expansão, um programa da Câmara Municipal do Porto que procura a descentralização e diversificação da oferta cultural na cidade. Neste sentido, desde 2021, são feitas anualmente encomendas a compositoras e compositores portuenses, ou com uma forte ligação à cidade, que retratem de uma forma singular a sua visão e escuta sobre a cidade. As obras são trabalhadas numa estreita relação com o Supernova Ensemble.
NOVIDADES MIC​.​PT

No âmbito do Call for Scores para o ISCM World New Music Days 2024, a Miso Music Portugal/ MIC.PT, enquanto Secção Portuguesa da ISCM, convidou duas compositoras e quatro compositores portugueses da atualidade a incluírem as suas obras na Candidatura Oficial para este festival dedicado à música do nosso tempo; são elas/ eles: Carlos Brito Dias na Categoria 4 (String Chamber Ensemble) com a obra was birgst du so bang dein Gesicht? (2019) para orquestra de cordas; David Miguel na Categoria 8 (Duos) com a obra Alma Penada (hommage a Liszt) (2023) para flauta e piano; Filipe Lopes na Categoria 5 (String Quartet) com a obra Clusia Rosea (2018) para quarteto de cordas; Hugo Vasco Reis na Categoria 10 (Choir) com a obra Sleeping Landscapes (2020) para coro misto; Joana Sá na Categoria 13 (Composer-Performer) com a obra a body as listening I (2023) para piano e eletrónica; e Sofia Sousa Rocha na Categoria 7 (Trios or Quartets) com a obra Jogos (2023) para piano, violino e violoncelo. As obras submetidas pelas Secções e pelos Membros da ISCM – Sociedade Internacional para a Música Contemporânea, serão selecionadas por um júri internacional para integrarem a programação do festival ISCM World New Music Days 2024 nas Ilhas Faroé, organizado pela Associação de Compositores das Ilhas Faroé (secção da ISCM), que decorrerá entre os dias 22 e 30 de junho.
ATUALIDADE

A fim de incentivar a criação e a difusão de novas obras acusmáticas/ eletroacústicas, a Miso Music Portugal promove e organiza a 25.ª edição do Concurso Internacional de Composição Eletroacústica Música Viva 2024. A data limite para apresentação das obras a concurso é 31 de março de 2024, sendo que o premiado será anunciado no decorrer do Festival Música Viva 2024, que terá lugar entre os dias 3 e 11 de maio. O júri do 25.º Concurso Internacional de Composição Eletroacústica Música Viva 2024 será anunciado brevemente.
imagem ilustrativa
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Estão abertas, até ao dia 21 de março de 2024, as inscrições para o 1.º Concurso Internacional de Composição de Lied (Álvaro García de Zúñiga/ Casa de Mateus/ Sond’Ar-te) – uma iniciativa do Sond’Ar-te Electric Ensemble, em parceria com a Fundação da Casa de Mateus e a blablaLab Associação Cultural. O concurso está aberto a compositoras e compositores de qualquer nacionalidade, sem limites de idade, sendo que as composições submetidas devem ser escritas para um duo, numa combinação escolhida entre soprano e os seguintes instrumentos, com ou sem eletrónica: flauta, clarinete, violino, violoncelo ou piano. A escolha de textos deverá incidir na obra de Álvaro García de Zúñiga. O júri do 1.º Concurso Internacional de Composição de Lied é constituído por: Iris Ter Schiphorst (compositora; Alemanha), Philippe Leroux (compositor; França) e Miguel Azguime (compositor; Portugal).

Com o intuito de promover a composição eletroacústica entre os mais novos, o Projecto DME apresenta a 12.ª edição do Concurso Nano Músicos Electroacústicos, com inscrições abertas até 27 de novembro. Neste sentido, apenas alunos do Ensino Artístico Especializado de Música poderão concorrer, critério ao qual se acrescenta uma idade limite, delineada nos 21 anos. O júri é formado pelos compositores João Pedro Oliveira e Jaime Reis, diretor artístico do Projecto DME. As obras deverão ser projetadas para um instrumento, à escolha, e eletrónica, não podendo exceder os cinco minutos. Em dezembro do presente ano, as peças selecionadas serão apresentadas publicamente no Conservatório de Música de Seia, pelos próprios compositores, num concerto que integrará o Festival DME. Apenas no final do festival se saberão os resultados e a distribuição dos diferentes prémios.
Entrevistas MIC​.​PT
vídeo · entrevistas
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A partir de setembro está disponível no Canal YouTube do MIC.PT mais uma Entrevista do ciclo Na 1.ª Pessoa, com Sofia Sousa Rocha.
Presentemente o Canal YouTube do MIC.PT contém vídeos com 27 Novas Entrevistas a compositoras e compositores residentes em Portugal realizadas desde 2019, assim como oito Entrevistas do Arquivo do MIC.PT realizadas entre 2003 e 2005.
Conduzidas por Pedro Boléo, filmadas no O'culto da Ajuda em Lisboa e realizadas no contexto do ciclo Na 1.ª Pessoa das emissões radiofónicas Música Hoje e Música de Invenção e Pesquisa (produzidas pelo MIC.PT e pela Miso Music Portugal para a Antena 2), estas Novas Entrevistas constituem uma (re)visita ao universo criativo dos vários compositores e compositoras editados pelo MIC.PT, dando seguimento às Entrevistas Históricas realizadas pelo MIC.PT há quase 20 anos e que agora constituem registos únicos da evolução da linguagem de cada um dos artistas entrevistados.
Para aceder às Entrevistas sigam as ligações em baixo e/ ou visitem o Canal YouTube do MIC.PT.
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