Compositor, investigador, artista multimédia e docente/ coordenador do curso de Música Eletrónica e Produção Musical da ESART - Rui Dias está Em Foco no MIC.PT no mês de novembro.
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Carlos Bechegas nasceu em Lisboa em 1957. Estudou Artes Visuais e Artes Gráficas na Escola de Artes Decorativas António Arroio e licenciou-se em Ensino de Educação Visual e Tecnológica pela Escola Superior de Educação de Lisboa.
Em 1974 ingressa na Juventude Musical Portuguesa e, posteriormente, termina o Curso de Flauta e Composição na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa.
A partir de 1977 inicia a sua actividade pública, como flautista e saxofonista, participando em vários projectos em diversas linguagens do Jazz (Jazz-Rock, Swing, Jazz Bebop e Jazz Contemporâneo), com os grupos “Essência”, “Orquestra Girassol”, “Contrabanda”, “Projecto Rock” e com o seu próprio Quarteto de Jazz. Entre 1983 e 1987, forma um trio de Chorinhos com o guitarrista Rui Luís Pereira (Dudas). Participou também no trio de música improvisada electroacústica “Plexus”, de Carlos Zíngaro e no “Quinteto Kaf”, de António Ferro, com o qual grava um disco.
Frequentou diversos workshops sobre técnicas de improvisação de Jazz, com José Eduardo, Mike Kaulpe, Steve Potts e Oliver Johnson, Steve Lacy, Evan Parker, John Tchicai, Derek Bailey, Maggie Nichols, Richard Teitelbaum e Peter Kowald. No campo da composição, participou dos seminários promovidos pela Fundação Calouste Gulbenkian sobre “Composição Clássica Contemporânea”, com Emmanuel Nunes, “Técnicas de Interpretação para Flauta na Música Clássica Contemporânea”, com Pierre-Yves Artaud, entre outros.
Interessou-se pela Musicoterapia e, através do Centro de Reabilitação e Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, frequentou o workshop “Técnicas de Expressão na Interacção com Deficientes” na Academia de Remchaid, na Alemanha. Paralelamente, tem através deste Centro, tem vindo a trabalhar com deficientes no âmbito da Expressão Musical e Dramática.
Participou dos seminários e performances do grupo ColecViva, com Constança Capdeville e fez teatro de rua com o grupo inglês Welfare State International e com o encenador e performer alemão Frank Kollges.
A partir de 1988 cria o Movement Sounds, a partir do qual inicia um projecto a solo que inclui obras para flauta e electrónica em tempo real.
Compôs diversas obras para teatro, televisão e participa regularmente em concertos e festivais, onde actuou com figuras de relevo da música improvisada, nomeadamente com Peter Kowald, Phil Minton e Han Bennink, Derek Bailey, Fred V. Hove e Gunter “Baby” Sommer, Joëlle Léandre, William Parker e Alexander Von Schlippenbach.
Edita o seu primeiro CD, Movement Sounds, pela editora Leo Records, seguindo-se Flute Landscapes, Opens Secrets e Right Off.
Em 2004, lança a sua editora de autor – Forward.rec, dedicada à produção dos seus trabalhos originais, tendo já editado quatro CD’s: Open Frontiers, Open Speech, Open Density e Open View.
Apresenta ainda regularmente exposições de fotografia e continua a leccionar a disciplina de Educação Visual e Tecnológica.
Biografia
Flautista, improvisador e compositor, Carlos Bechegas nasce em Lisboa em 1957. Estuda cinco anos na Escola de Artes Decorativas António Arroio, onde Conclui o Curso Geral de Artes Visuais e o Curso Complementar de Artes Gráficas. Professor no Ensino Oficial desde 1975, licenciou-se posteriormente em Ensino de Educação Visual e Tecnológica pela Escola Superior de Educação de Lisboa.
Inicia a sua actividade pública em 1977, como flautista e, sobretudo, como saxofonista. Participa em múltiplos projectos com diversas linguagens na área do Jazz, nomeadamente: Jazz-Rock, com o grupo "Essência"; Swing, com a "Orquestra Girassol" (dirigida pelo contrabaixista e compositor José Eduardo); Jazz Bebop, com o seu próprio Quarteto; Jazz Contemporâneo com o compositor e baixista António Ferro no grupo "Contrabanda"; e Soul, com o grupo "Projecto Rock".
Entre 1983 e 1987, forma um trio de Chorinhos com o guitarrista Rui Luís Pereira (Dudas), participa no trio de música improvisada electroacústica "Plexus", de Carlos Zíngaro, e no "Quinteto Kaf", de António Ferro, com o qual grava um disco. Colabora em espectáculos e na gravação de discos com cantores de música popular, como Jorge Palma e Carlos Mendes, com a performer-palhaço Teresa Ricou (Teté), nomeadamente em espectáculos na Venezuela, no espectáculo multimédia “Amarg’arte”, de Eduardo Sérgio, apresentado no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian.
Tendo iniciado em 1974 os estudos de música na Juventude Musical Portuguesa, paralelamente à actividade pública, investe durante os anos oitenta em diferentes linguagens e áreas de expressão, que lhe proporcionam uma multifacetada formação e experiência. Conclui o Curso de Flauta e Composição na Escola de Música do Conservatório Nacional de Lisboa e participa em vários workshops de “Técnicas de Improvisação no Jazz”, com José Eduardo, Mike Kaulpe, Steve Potts e Oliver Johnson, e de “Música Improvisada” com Steve Lacy, Evan Parker, John Tchicai, Derek Bailey, Maggie Nichols, Richard Teitelbaum e Peter Kowald.
Na Fundação Calouste Gulbenkian, frequenta Seminários de “Composição Clássica Contemporânea”, com Emmanuel Nunes; “Técnicas de Interpretação para Flauta na Música Clássica Contemporânea”, com Pierre-Yves Artaud; “O Computador na Composição Musical”, pela Universidade do Minho; “O Computador na Improvisação Interactiva em Tempo Real”, com Carlos Zíngaro e Richard Teitelbaum; “O Teatro e a Criação Multimédia”, com David Schweizer; e de “Musicoterapia”, pela Associação Portuguesa de Educação Musical. Na Academia de Remchaid, Alemanhã, através do Centro de Reabilitação e Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, frequentou um workshop de “Técnicas de Expressão na Interacção com Deficientes”.
Através do Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, participa em workshops e respectivos espectáculos de Teatro Musical com Fernando Grillo e com o grupo ColecViva, de Constança Capdeville, em Teatro de Rua, com o grupo inglês Welfare State International; e em Performance e Multimédia, com o encenador e performer alemão Frank Kollges.
Em 1988, cria Movement Sounds, iniciando assim, a partir de composições e estruturas gráficas de improvisação, o seu projecto a solo para flautas e electrónica, com controle em tempo real.
Entre 1988 e 1995, apresenta, nos "Encontros de Novos Compositores Intérpretes" no Forum Picoas, a convite da Juventude Musical Portuguesa, a composição Impruvizus (I) e (II), para flauta solo e processadores de som; participa no III Festival Internacional de Jazz de Macau, como solista convidado, e nos V Encontros de Editores Independentes em Espanha, com o projecto a solo Movement Sounds.
Cria e auto-produz a apresentação pública dos projectos: Movement Sounds no Teatro Comuna, com a colaboração da bailarina Leonor Beltran; Tetr’astrologia, composições solo com processadores de som e diaporama original, no Clube Kiron ; Imagens, espectáculo multimédia, no Teatro Comuna; Despertando, espectáculo de Teatro Musical para flautas solo, na sala da Junta de Freguesia de Benfica. Nos II Encontros do Palco Oriental, que organiza, apresenta a composição Quadrif’oriental, para flautas solo, processadores de som e fita magnética em quadrifonia.
A convite da Câmara Municipal de Loures, cria Mutações, o segundo espectáculo multimédia, com diaporama original e fita magnética em quadrifonia, e apresenta a instalação Memórias Esquecidas nos Encontros de Escultura deste Município; actua a convite do grupo inglês Welfare State International nos III Encontros do Novo Teatro e Dança ACARTE da Fundação Calouste Gulbenkian.
Cria música para programas de televisão sobre Arquitectura Portuguesa Contemporânea, nomeadamente para obras de Siza Vieira e Gonçalo Byrne, do realizador Rui Simões; compõe música para várias Coreografias e Videos-Dança, do solista do Ballet Gulbenkian Luís Damas, e para o espectáculo PoesiaViva do grupo de acções e performances Mandrágora.
Participa em concertos e festivais: a solo nas III Acções e Performances, direcção do pintor e performer Fernando Aguiar; com o grupo Telectu, no Festival de Músicas Alternativas “Simbiosis“, na Aula Magna; a solo e em duo com António Ferro, no Ciclo de Música Contemporânea do Balleteatro, no Porto; em duo com Carlos Zíngaro, em Moscovo; com o seu trio de Música Improvisada “IK*Zs (3)" no Festival de Punta Umbria, Espanha; a solo, em Paris, nos III Encontros de Música Improvisada “Instants Chavirés“; na “Global Jungle Orchestra“, com Hamid Drake, John Stubbelfield e Graham Haynes, no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
Mais recentemente, gravou e participou em concertos com figuras de relevo da música improvisada, designadamente com Peter Kowald, no Festival de Música Improvisada “Ó da Guarda“ e no Centro Cultural de Belém; em trio com Phil Minton e Han Bennink no Festival “Co-Lab“ no Porto; com Derek Bailey, no Festival “Jazz no Parque” da Fundação de Serralves, e na Bélgica, no XXIX Antwerp Free Music Festival; a solo no XXXI Festival “Total Music Meeting“ de Berlim; em trio com Fred V. Hove e Gunter “Baby“ Sommer em Estrasburgo, no “Jazz D’Or Festival“; a convite da contrabaixista Joëlle Léandre, participa a solo e em duo com William Parker no Festival “Jazz Nomades“, em Paris; em duo com Alexander Von Schlippenbach no Festival “Jazz à Luz“, em França.
Em 1997, edita o seu primeiro CD, Movement Sounds, pela Leo Records, com os projectos, IK*Zs (3) - trio de Carlos Bechegas, e o solo Movement Sounds. Seguem-se, em 1998, Flute Landscapes… - solos de flauta em acústico, em 2001, Open Secrets, em duo com Peter Kowald; em 2002, Right Off, com flauta e electrónica em duo com Derek Bailey.
Em 2004, lança pela sua editora de autor Forward.rec, exclusivamente dedicada à produção dos seus trabalhos, quatro novos CDs: Open Frontiers, duo de flautas com o francês Michel Edelin; Open Speech, duo com o pianista Alexander Von Schlippenbach; Open Density, trio com André Goodbeck e Peter Jacquemin, e Open View, o segundo duo com Peter Kowald, gravado ao vivo no Centro Cultural de Belém.
Paralelamente às actividades já enunciadas, trabalhou entre 1984 e 1988 com deficientes em Expressão Musical e Dramática, no Centro de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian, ministrou workshops de Improvisação e Novas Tecnologias. Realiza exposições de fotografia e continua a leccionar a disciplina de Educação Visual e Tecnológica.
A heterogeneidade dos seus projectos e actuações, em acústico ou com electrónica, continuam a revelar no seu percurso uma atitude de permanente pesquisa de novos materiais, concepções e parceiros. A flauta surge como protagonista, edificando progressivamente uma estética precursora e marcadamente personalizada, como tem referido alguma crítica nacional e internacional, moldando e afirmando assim além fronteiras um lugar na cena da música improvisada.