Compositor e investigador doutorando na FCSH/ Kunstuniversität Graz/ Fondazionne Archivio Luigi Nono e membro do Concrète [Lab] Ensemble, João Quinteiro está Em Foco no MIC.PT em março.
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Duração original da obra: 11 minutos
A primeira versão da obra tinha o título Octeto
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
Instrumentação Sintética Ensemble Instrumental
Estreia
Data 1986/May/07
Intérpretes
Orquestra Gulbenkian
Michel Tabachnik (direcção)
Entidade/Evento 10ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Local Fundação Calouste Gulbenkian - Grande Auditório
Localidade Lisboa
País Portugal
Observações
A primeira versão da obra tinha o título Octeto
Notas Sobre a Obra
Octeto II foi escrito para os seguintes 8 instrumentos:
– Flauta alto em sol, Clarinete baixo, Trompa,
– Viola, Violoncelo, Contrabaixo,
– Piano, Vibrafone (também Glockenspiel).
Esta partitura é uma recomposição, transformada e aumentada, da peça Octeto que foi estreada em 1986 nos 10ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea. Uma das maiores diferenças entre as duas versões reside na instrumentação, que em Octeto II foi quase totalmente composta de novo. O objectivo visado por esta re-instrumentação foi o de provocar permanentemente mais pontos de contacto entre os instrumentos, mas sobretudo (através da instrumentação e também da dinâmica individual de cada um deles) explicitar melhor a presença de certas relações entre as notas, dando assim (nova) forma ao desenvolvimento das tensões harmónicas ao longo da peça.
Octeto II está, na sua base, composto "a 6 vozes". Cada uma das 6 "linhas" determina a evolução de cada um dos seus parâmetros (excepto a das alturas). No entanto, há frequentemente "envelopes" comuns, que condicionam várias linhas da mesma maneira, ou mesmo sequências de valores globais, numa ou em várias dimensões (por ex. acontecimentos homorrítmicos), que se impõem, interrompendo os desenrolares individuais de cada linha.
Do ponto de vista das alturas existe um único desenvolvimento "a 1 voz", que serpenteia através da resultante rítmica das 6 linhas, conferindo-lhes assim um fio condutor e uma razão de ser adicional para a simultaneidade dos seus desenrolares. Daí – e também em consequência do tipo de instrumentação "nota a nota" – a ausência quase completa de "melodias" (no sentido tradicional do termo) em cada instrumento. O único desenrolar "melódico" global passa constantemente de instrumento(s) a instrumento(s), constituíndo ao mesmo tempo dois encadeamentos, indissociáveis um do outro: um de alturas e outro de timbres.
A concepção e realização das várias "camadas" individuais foi pensada para criar a fusão das partes num todo único, e não a divergência de várias linhas independentes decorrendo paralelamente.
Durante o desenrolar desta peça procurei modelar o grau de rapidez com o qual cada um dos elementos (parâmetros) se transforma e renova (isto é, muda ou permanece igual), utilizando a acção combinada e recíproca de vários processos seriais, aleatórios, estatísticos, e ainda de outros tipos, desenvolvidos especificamente para a peça, sempre com o referido objectivo de criar uma mobilidade entre os dois extremos (o "mais estático" e o "mais dinâmico") a todos os níveis, mas não na mesma direcção simultaneamente.
João Rafael
Circulação
Obra
Tipo
Data
Entidade/Evento
Local
Localidade
País
Intérpretes
Observações
Inv Row
Octeto II
Execução
1994/Dec/19
"Portrait-Konzert”
Musikhochschule - Konzertsaal
Freiburg im Breisgau
Alemanha
Ensemble Recherche
Kwamé Ryan (direcção)
Observações
Octeto II
Estreia da Revisão
1988/Jun/16
Fundação Calouste Gulbenkian
Paris
França
Classe de Música de Câmara de Pierres-Yves Artaud do Conservatório Nacional Superior de Música de Paris
Christian Rivet (direcção)
Observações
Octeto II
Execução
1997/May/06
21os Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Fundação Calouste Gulbenkian
Lisboa
Portugal
Ensemble Nuove Sincronie
Renato Rivolta (direcção)