Categoria Musical Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
Instrumentação Sintética quarteto de cordas
Estreia
Data 2023/Jul/02
Intérpretes
QCContemporâneo
António Ramos e Clara Dias (violinos), Diana Antunes (viola), Rogério Peixinho (violoncelo)
Local Museu Monográfico de Conimbriga
Localidade Condeixa-a-Velha
País Portugal
Observações
Um projeto da Associação Cultural Ritornello
Notas Sobre a Obra
Acácia de Ninhos, Azinheira de Silêncio, Bailações sob a Olaia, Uma Serpente na Yuca, Flor-Medronho,Sobreiro, Entre o Vento e a Seara, Bagas de Zimbro, Cal Viva, O Passeio da Rã Negra, Prelúdio à Sesta das Cigarras, são títulos que dei a algumas das minhas composições. Não os posso explicar, mas têm certamente a ver com a minha vivência e relação com o campo, no Alentejo.
É o caso de Acarro — para quarteto de cordas. O termo popular alentejano acarro que designa o local ou ajuntamento de animais — gado bovino ou ovino — debaixo de uma grande árvore, habitualmente uma azinheira, para se protegerem do calor ou da chuva, sempre me interessou e intrigou. Há muitos anos que tinha vontade de compor uma peça ‘inspirada’ neste comportamento instintivo dos animais, que é surpreendente!
Acarro não pretende, nem pode ‘traduzir' a energia física da deslocação dos animais, nem as suas vozes, nem a mesma quietude do ajuntamento; mas pode, por vezes até de forma humorística, fazer um apelo à imaginação dos intérpretes e seus ouvintes…