Compositor e investigador doutorando na FCSH/ Kunstuniversität Graz/ Fondazionne Archivio Luigi Nono e membro do Concrète [Lab] Ensemble, João Quinteiro está Em Foco no MIC.PT em março.
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Local de Composição/Estúdio Center for Computer Music (Brooklyn College) e Electronic Music Studio A da Universidade de Stony Brook
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Música Electroacústica sobre suporte
Instrumentação Sintética acusmática, 4 canais
Estreia
Data 1988
Local Universidade de Stony Brook
Localidade Nova York
País Estados Unidos da América
Notas Sobre a Obra
A Cidade Eterna pertence a um grupo de sete peças. Este ciclo, originalmente pensado como sendo uma evocação em termos musicais do Livro do Apocalipse, no Novo Testamento, alargou o seu contexto para uma reflexão sobre o próprio conteúdo da palavra "Apocalipse", que significa "Revelação".
Esta obra utiliza como texto fragmentos em latim dos capítulos 21 e 22 do Livro do Apocalise, que descrevem a descida do céu da Nova Jerusalém.
Texto:
Et vidi caelum novum et terram novam. Primum enim caelum, et prima terra abiit, et mare iam non est.
Et vidi sanctam civitatem Ierusalem novam descendentem de caelo a Deo: et lumen eius simile lapidi pretioso tanquam lapidi iaspidis, sicut crystallum. et longitudo, et altitudo, et latitudo eius aequalia sunt, ipsa vero civitas aurum mundum simile vitro mundo.
Et templum non vidi in ea: Dominus enim Deus omnipotens templum illius est, et Agnus.
Et civitas non eget sole, neque luna ut luceant in ea, nam claritas Dei illuminavit eam.
In medio plateae eius lignum vitae, afferens fructus duodecim, et folia ligni ad sanitatem gentium.
Sedes Dei et Agni in illa erunt, et regnabunt in saecula saeculorum.
Tradução:
Vi o novo céu e a nova terra, pois o primeiro céu e a primeira terra já passaram e o mar já não existe.
Vi a santa cidade, a Nova Jerusalém, que descia do céu: e o seu fulgor era semelhante a uma pedra preciosa de jaspe cristalino.
O seu comprimento, largura e altura são iguais, e ela é feita de ouro puro, transparente como o vidro.
Na cidade não existe Santuário, porque o seu Santuário é Deus e o Cordeiro.
A cidade não precisa do sol nem da lua para a alumiarem porque a glória de Deus a iluminou.
No meio da sua praça está a Árvore da Vida, que produz doze frutos, e as suas folhas são a cura das nações.
Na cidade eterna estará o trono de Deus e do Cordeiro, e reinarão para todo o sempre.
Encomenda
Data 1995
Entidade Fundação Calouste Gulbenkian - Serviço de Música