Jovem compositor que em abril completou 30 anos, sendo uma das vozes mais ativas no contexto da música contemporânea em Portugal - Pedro Lima está Em Foco no MIC.PT em setembro.
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Espectáculo estruturado a partir de citações visuais e sonoras
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Teatro Musical
Instrumentação Sintética Ensemble Instrumental
Estreia
Data 1991/May/09
Intérpretes
ColecViva:
Constança Capdeville, Luís Madureira (voz), João Natividade (bailarino), Nuno Vieira de Almeida (piano), Pedro Wallenstein (contrabaixo), Carlos Martins (saxofones), Manuel Cintra (actor), António de Sousa Dias
Constança Capdeville (direcção)
Entidade/Evento 15ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Local Fundação Calouste Gulbenkian - Pequeno Auditório
Localidade Lisboa
País Portugal
Notas Sobre a Obra
Take 91 é uma nova aposta do ColecViva no sentido de, a partir de sensações, de memórias, de vivências, criar imagens - imagens visuais, imagens sonoras -, organizando-as de modo a, por sua vez, e através do fio mágico da comunicação, conseguir provocar sensações, acordar memórias, criar novas imagens, a quem vê, a quem escuta.
Há no ColecViva uma apetência que se tem revelado quase uma constante ao longo dos seis anos da sua existência (1); a de construir espectáculos centrados sobre determinados temas ou personagens que, por qualquer razão especial, nos habitam o espírito da altura. Assim, lembramos, por exemplo, The Cage (espectáculo comemorativo do não centenário de John Cage), Fe...de...ri...co, sobre a obra poética, musical e plástica de Federico García Lorca, Wom, Wom, Cat(h)y (para Cathy Berberian) e agora Take 91 sobre cinema, ou melhor, e voltando ao princípio, sobre sensações, memórias, atmosferas, ao mesmo tempo vagas e precisas, que "Os Filmes da Nossa Vida" em nós deixaram fortemente enraizadas (perguntem, senão, ao João Bénard da Costa).
Tentar descrever ou explicar um espectáculo (neste caso, o nosso espectáculo) traz como consequência imediata a mutilação do "outro" espectáculo (o vosso). Uma pista apenas: de que forma uma sensação, tirada do seu contexto e integrada num novo universo, pode continuar a fazer sentido? Não certamente o mesmo sentido, mas, então - e tendo presente que a memória do "1.º sentido" continua, inevitavelmente, lá -, que sentido? Esta é a proposta. É que os acontecimentos, sejam eles quais forem, e, seja qual for a linguagem a que pertencem, quando captados através da sensibilidade e organizados de uma determinada maneira, conseguem sempre exprimir-se e contar-se a si próprios.
Constança Capdeville
(1) O ColecViva teve a sua primeira apresentação como Grupo nos 9.os Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea, de 1985, com a obra Don't, Juan.
Encomenda
Data 1991
Entidade Fundação Calouste Gulbenkian - Serviço de Música
ColecViva:
Constança Capdeville, Luís Madureira (voz), João Natividade (bailarino), Nuno Vieira de Almeida (piano), Pedro Wallenstein (contrabaixo), Carlos Martins (saxofones), Manuel Cintra (actor), António de Sousa Dias
Constança Capdeville (direcção)