Jovem compositor que em abril completou 30 anos, sendo uma das vozes mais ativas no contexto da música contemporânea em Portugal - Pedro Lima está Em Foco no MIC.PT em setembro.
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"(...) dedicada a Klaas de Vries, Dr. Pontes Leça, José Nogueira e a Carlos Machado, todos, de uma ou outra maneira, ligados a esta peça"
Observações
Retirada para revisão
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Solista(s) e Orq./Ens. e/ou Coro/Conjunto Vocal
Instrumentação Sintética Trio de Jazz e Orquestra
Estreia
Data 1992/May/09
Intérpretes
Orquestra Gulbenkian
José Nogueira (saxofone)
Mário Franco (contrabaixo)
Mário Barreiros (bateria)
Michel Swierczewski (direcção)
Entidade/Evento 16os Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Local Reitoria da Universidade de Lisboa - Aula Magna
Localidade Lisboa
País Portugal
Notas Sobre a Obra
“... o mundo actual como explosão da visão
única da história, como libertação das diferenças,
dos “dialectos” que têm “gramática” e “sintaxe”
desde que mantenham a sua dignidade e visibilidade...”
Gianni Vattimo
Em Agosto de 1990 foi publicado na revista Colóquio/ Artes um artigo intitulado Con(di)vergências no qual abordei as relações entre o jazz e a música contemporânea de tradição erudita a partir das suas diferenças, a meu ver, irredutíveis.Em poucas palavras, julgo que a sobreposição eclética de músicas diferentes só poderá funcionar se cada uma respeitar a sua identidade, os seus códigos, a sua dignidade. Foi dessa perspectiva que parti para a composição.
Nesta peça (de teatro?) as personagens são, no essencial, três: a orquestra, o trio de jazz e o grupo de quatro percussionistas; mantêm entre si relações de interacção e de oposição. Em jogo estão determinadas maneiras de tocar, diferentes tipos de aprendizagem, diversas atitudes face aos instrumentos e à própria música.
A escrita orquestral é hierática, as mais das vezes vertical e solene. Quando os músicos de jazz intervêm o efeito será de súbito movimento, errático, errante... O material melódico e harmónico usado deriva de uma célula de 4 notas (si bemol, lá, fá, mi) e a melodia principal da primeira secção utiliza preferêncialmente o intervalo de trítono, o intervalo “fetiche” da música serial. Mas no jogo dos músicos de jazz o próprio intervalo e a sua repetição obsessiva em vários graus, se transfigura. Esta peça é sobre a transformação do material e desenrola-se como um ritual interrompido, muitas vezes, com a “brutalidade” de alguns compositores holandeses que admiro imenso.
Explicit Drama foi encomendada pela Comissão para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses e é dedicada a Klaas de Vries, ao Dr. Pontes Leça, a José Nogueira e a Carlos Machado, todos, de uma ou outra maneira, ligados a esta peça.
António Pinho Vargas (Maio 1992)
Encomenda
Data 1992
Entidade Comissão para a Comemoração dos Descobrimentos Portugueses
Localidade Lisboa
País Portugal
Circulação
Obra
Tipo
Data
Entidade/Evento
Local
Localidade
País
Intérpretes
Observações
Inv Row
Explicit Drama
Estreia
1992/May/09
16os Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Reitoria da Universidade de Lisboa - Aula Magna
Lisboa
Portugal
Orquestra Gulbenkian
José Nogueira (saxofone)
Mário Franco (contrabaixo)
Mário Barreiros (bateria)
Michel Swierczewski (direcção)