Esta obra foi concebida em 2013 e resulta de uma encomenda do Festival Dias de Música Electroacústica. A música que é executada apenas por um violetista, assume por vezes uma complexidade contrapontística e textural similar a um ensemble de cordas.
As várias Violetas que se podem ouvir durante a peça, resultam basicamente do mesmo instrumento. A parte electrónica da peça foi trabalhada, quase na sua totalidade, a partir dos sons da própria viola d’arco, que tendo sido gravados foram posteriormente transformados e desenvolvidos em estúdio.
O trabalho tímbrico desenvolvido na parte instrumental, e principalmente na componente electrónica desta obra, é assumido como principal força motriz geradora do discurso musical.
Podendo por vezes confundir-se ou mesmo fundir-se o mundo instrumental e o mundo electrónico, um dos principais motivos de interesse desta obra é dar aos ouvintes uma multiplicidade sonora que partindo do instrumento vamo-nos afastan- do progressivamente até podermos ouvir novas sonoridades que à partida não se identificam com uma Violeta.
Esta obra é dedicada ao violetista João Pedro Delgado.