Old Vynil foi concebido a partir da ideia sonora da reprodução de um disco de vinil. Em comparação com o original, há ruídos que aparecem na reprodução, como o ruído da máquina, estalidos, timbres alterados e outras distorções. Para muitos audiófilos, estes sons fazem parte do ritual de ouvir música e evocam nostalgia. Nesta obra, estes sons são parte integrante da narrativa. O ar instrumental é tratado como o principal elemento sonoro. Os sons crepitantes aparecem em contraponto e as articulações criam irregularidades. A adulteração tímbrica é conseguida através do uso de diferentes vogais e da utilização de diferentes perfis dinâmicos que criam percepções espectrais e estereofónicas invulgares. O fagote é o protagonista: comenta, contrapõe e realça esta música em movimento. Os próprios tempos são proporcionais aos discos de 78 e 45 rpm, e a escolha das alturas depende desta relação com o ritmo.