Obras

Instrumentação Analítica

Solistas	tenor
Sopros	3 flauta, 3 clarinete, 3 oboé, 3 fagote, 4 trompa, 3 trompete, 3 trombone, 1 tuba
Percussão	1 tímpanos, 2 percussão
Cordas (dedilh./fricc.)	~ cordas

Intérpretes

“Contra o tempo e a carne” é o último verso d’ “O Poema” de Herberto Helder (A colher na boca. Lisboa: Ática, 1961), no qual me inspirei para a composição. Trata-se de uma música que utiliza justaposição de ideias contrastantes – característica que perpassa todo o poema – para procurar imaginar um discurso musical. Não pretendendo ser ilustrativa das palavras que vão sendo enunciadas, a música vai-se construindo através da coexistência de ideias heterogéneas que, na maior parte dos casos, se sucedem ou alternam abruptamente – desde a contínua transformação de voz cantada para falada, a massas sonoras que dão origem a ritmos mecânicos, até sonoridades frágeis e instáveis às quais respondem passagens enérgicas e resolutas. Da mesma forma, também o texto nos fala da “esplêndida violência” e da “grande paz exterior das coisas”. A tudo isto, o Poema fala, inscrevendo no mundo uma indelével fragilidade e firmeza.

Mariana Vieira

Obra	Tipo	Data	Entidade/Evento	Local	Localidade	País	Intérpretes	Observações	Inv Row
Contra o Tempo e a Carne	Estreia	2024/Jun/28	Workshop Composing for Voices and Orchestra	Fundação Calouste Gulbenkian	Lisboa	Portugal	Marco Alves dos Santos (tenor) Orquestra Gulbenkian Luca Francesconi (maestro)	Observações