Compositor e intérprete, com raizes e influências estendidas entre a cultura alentejana, o Alto Minho e a música de José Afonso - Amílcar Vasques-Dias está Em Foco no MIC.PT em janeiro.
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Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
com electrónica em tempo real
Instrumentação Sintética
1978
30' 00"
Corne Inglês, Clarinete Baixo, Trombone, Viola, Violoncelo e Electrónica em Tempo Real
Corne Inglês, Clarinete Baixo, Trombone, Viola, Violoncelo e Electrónica em Tempo Real
Título do documento Nachtmusik I
Data de Composição 1977 · 1978
Revisão (data) ~ 1995
Observações à Revisão
Versão definitiva com electrónica
Meios de Produção Electroacústica
Modulação em Anel
Instrumentação Detalhada
Categoria Musical Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
com electrónica em tempo real
Instrumentação Sintética Corne Inglês, Clarinete Baixo, Trombone, Viola, Violoncelo e Electrónica em Tempo Real
Estreia
Data 1978
Intérpretes
L'Itinéraire
Peter Eötvös (direcção)
Localidade Bona
País Alemanha
Notas Sobre a Obra
Trabalho desde Outubro de 1977 numa família de peças que intitulei La Création, a primeira das quais é Nachtmusik I.
Alguns elementos de uma gramática
Todas as peças se fundamentam num mesmo princípio rítmico geral que estabeleci e desenvolvi previamente à composição, como uma espécie de temperamento rítmico. Este deve poder satisfazer dois imperativos essenciais:
a) Conter em si mesmo potencial de transformação tal que me permita atingir em cada obra um perfil agógico e temporal fortemente personalizado, sem contudo negar a sua ligação ao ponto de partida;
b) Poder integrar espaços rítmicos de origens diferentes da sua, cujas aparições no desenrolar da peça recortem momentos da forma, assinalados por uma dimensão que não o ritmo (a estrutura harmónica, por exemplo).
Este poder de integração no facto de que esses espaços jamais destruirão as tensões estruturadas pelo temperamento, antes serão, pelo contrário, modulados ritmicamente por este. Por vezes, está claro, dá-se a intervenção de rupturas momentâneas do temperamento rítmico, mas cujo único objectivo será organizar diferentemente certas zonas de articulação da forma global. Tais rupturas jamais serão resultado de uma acumulação cega de espaços rítmicos diversos, destruindo a sua integração no temperamento, e assim anulando os seus jogos tensionais.
O fundamento primeiro entre todos do princípio rítmico geral é de uma simplicidade extrema: duas pulsações regulares começando ao mesmo tempo, desenrolando-se simultaneamente e completando um ciclo (que, esse, contém sempre uma simetria) quando forem encontrar-se na sua situação de partida, isto é, síncronas.
(...)
Alguns elementos sobre Nachtmusik I
Uma das vertentes mais determinantes da gestação desta obra foi uma reflexão sobre o fenómeno da modelação de amplitude em geral, e da "ringmodulation" em particular. Reflexão sobre a natureza do fenómeno em si, a não sobre os meios electrónicos e os seus limites. Esta reflexão levou-me a:
1) uma organização geral das alturas por pares de sons, considerando o par como a mais pequena unidade constitutiva do discurso musical.
2) pré-determinar não só os diferentes registos de cada grupo de dois sons, como a ordem de encadeamento desses grupos. Assim, todas as sequências intervalares (formadas desde o início do encadeamento de pares de sons) e a sua evolução nos registos foram fixadas antes da redacção da partitura.
Um outro aspecto não menos importante da gestação de Nachtmusik I foi o facto de eu ter utilizado apenas oito notas ao longo de toda a peça: dó, dó sustenido, ré, ré sustenido, fá, fá sustenido, si bemol, si. É evidente que esta escolha determinou o número de pares de sons possíveis no interior de cada espécie de intervalos (quantos trítonos, quantas quartas, etc).
Estes dados quantitativos determinaram mais ou menos directamente a globalidade do desenvolvimento rítmico, incluindo as relações entre os diversos tempi. Os oito sons contêm seis acordes perfeitos: si bemol maior/menor, si maior/menor, fá sustenido maior e ré menor; na realidade, bastariam sete sons, uma vez que o dó não consta em nenhum dos acordes. Estes vão combinar-se com os pares de sons, de cada vez um acorde mais um par. Para o final da peça, intervém um solo de corne inglês baseado em cinco sons: dó, fá, si, fá sustenido, dó sustenido. Este solo constiturá quase textualmente o princípio de Nachtmusik II.
Redundância e processo criativo
Todos os aspectos que acabo de mencionar tiveram igualmente a sua importância na estruturação de Nachtmusik II. Mas
Circulação
Obra
Tipo
Data
Entidade/Evento
Local
Localidade
País
Intérpretes
Observações
Inv Row
Nachtmusik I
Execução
2007/Sep/21
Miso Music Portugal - Festival Música Viva 2007
Casa da Música - Sala Suggia
Porto
Portugal
Remix Ensemble:
José F. Silva (corne inglês)
Vítor J. Pereira (clarinete baixo)
Simon Cowen (trombone)
Trevor McTait (viola)
Oliver Parr (violoncelo)
Eric Daubresse (assistente musical)
Peter Rundel (direcção)
