Compositor, investigador, artista multimédia e docente/ coordenador do curso de Música Eletrónica e Produção Musical da ESART - Rui Dias está Em Foco no MIC.PT no mês de novembro.
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Entidade/Evento 15ºs Encontros Gulbenkian de Música Contemporânea
Local Reitoria da Universidade de Lisboa - Aula Magna
Localidade Lisboa
País Portugal
Notas Sobre a Obra
Ponto de partida: Paisagem sonora habitada por seis tipos de Objectos, identificados como Fundos, Rotativos, Presenças, Comentários, Travessias e Dixit. Cada um destes Objectos - que pode ser fixo ou móvel no tempo e/ou no espaço - é constituído por um número variável de Módulos, com a possibilidade de o mesmo Módulo poder ser executado por mais do que um instrumento. O aparecimento e desaparecimento dos Objectos, através dos seus Módulos, e as texturas que daí resultam, moldando, quase numa aposta plástica, a referida "paisagem", não são fixados na partitura. Assim, para cada execução, será necessário elaborar um mapa/percurso a partir das possibilidades combinatórias e das "regras do jogo" fornecidas. Há, apenas, dois únicos momentos previamente fixados: o início e o final.
Objectivo: Renúncia à utilização de qualquer meio técnico ou tecnológico - mesmo a de um simples microfone - e ao alargamento do campo sonoro através de efeitos instrumentais. O instrumentista é posto, "sem rede", perante a enorme dificuldade da produção do som puro, do autocontrole extremamente subtil dos "tempi" e das dinâmicas, que se movem, durante toda a obra, dentro de uma região entre pppp e mp.
E, finalmente, a aposta no poder quase mágico da escuta, e no prazer desta mesma escuta, a começar pelo próprio título, extraído de um poema de Manuel Cintra, a quem a obra é dedicada.
Constança Capdeville
Encomenda
Data 1991
Entidade Fundação Calouste Gulbenkian - Serviço de Música