Categoria Musical Música de câmara (de 2 a 8 instrumentos)
Instrumentação Sintética Ensemble
Estreia
Data 2007/May/23
Intérpretes
Grupo de Música Contemporânea de Lisboa:
João Pereira Coutinho (flauta), Luís Gomes (clarinete), José Machado (violino), Ricardo Mateus (viola), José Sá Machado (violoncelo), Andreia Marques (harpa), Fátima Pinto (vibrafone), João Paulo Santos (direcção)
Entidade/Evento Em Busca de um Salão Perdido 2007
Local Conservatório Nacional
Localidade Lisboa
País Portugal
Notas Sobre a Obra
Foi concebida como uma obra concertante para harpa e orquestra de câmara. O títutlo refere-se às lágrimas das três Helíades (ou Electrides) que choravam a morte do seu irmão Phaeton (o filho de Febo Apolo, o Deus do Sol, que, tendo pedido para guiar o Carro do Sol de seu pai, puxado por cavalos bravos, perdeu o controle, incendiando a Terra e causando a aparição de vulcões. O deus Zeus matou Phaeton com um raio para salvar a Terra, e o corpo de Phaeton caiu no Rio Eridanus). As Helíades juraram lamentar dia e noite; acabaram por se transformar em árvores, e as suas lágrimas em âmbar.
Acontece que o Rio Eridanus se chama agora Rio Po, que passa pela cidade de Turim, onde, por coincidência, descobri a frase “Lacrime d’Ambra”, utilizada como título de uma extraordinária exposição de joalharia da Basilicata, no Museo d’Antichità. Embora achasse a frase muito bela, foi só mais tarde que descobri a sua origem, e o lamento sem fim das Helíades sugeriu de imediato a possibilidade de uma apoteose, que acontece de facto no fim da obra, um símbolo da transformação em âmbar do lamento ritual iniciado pelos anteriores glissandi do violino.
Ivan Moody
Estoril, 18 de Maio de 2007
Grupo de Música Contemporânea de Lisboa:
João Pereira Coutinho (flauta), Luís Gomes (clarinete), José Machado (violino), Ricardo Mateus (viola), José Sá Machado (violoncelo), Andreia Marques (harpa), Fátima Pinto (vibrafone), João Paulo Santos (direcção)