01 - Naufrágio
02 - Dois Rios
03 - Estacas
04 - University Parks
05 - No Fogo da Memória
06 - O Corpo Espacejado
07 - Dos Descampados
08 - Os Rostos Náufragos
09 - Por Trás do Espelho
Autor do Texto Luís Miguel Nava
Título do Poema ou Texto Dos Descampados
Título da Publicação Poemas
Ano 1987
Autor do Texto Luís Miguel Nava
Título do Poema ou Texto Estacas
Título da Publicação Poemas
Ano 1987
Autor do Texto Luís Miguel Nava
Título do Poema ou Texto Naufrágio
Título da Publicação Poemas
Ano 1987
Autor do Texto Luís Miguel Nava
Título do Poema ou Texto No Fogo da Memória
Título da Publicação Poemas
Ano 1987
Autor do Texto Luís Miguel Nava
Título do Poema ou Texto O Corpo Espacejado
Título da Publicação Poemas
Ano 1987
Autor do Texto Luís Miguel Nava
Título do Poema ou Texto Os Rostos Náufragos
Título da Publicação Poemas
Ano 1987
Autor do Texto Luís Miguel Nava
Título do Poema ou Texto Por Trás do Espelho
Título da Publicação Poemas
Ano 1987
Autor do Texto Luís Miguel Nava
Título do Poema ou Texto University Parks
Título da Publicação Poemas
Ano 1987
Autor do Texto Luís Miguel Nava
Título do Poema ou Texto Dois Rios
Título da Publicação Poemas
Ano 1987
A poesia de Luís Miguel Nava abriu-se em 1995 aos meus olhos como um rasgão no corpo. Sustentando-se a si próprios com a solidez de um discurso de um extravagante retórico, os poemas de O céu sob as entranhas não me impeliram imediatamente a compôr para eles.
Porém, à medida que certos versos e certas orações iam sussurrando uma poética da perdição aos meus sentidos, uma dimensão oculta, a da imagem, erguia-se lentamente como uma grande vaga: figuras e formas soltas como se se tratasse de cenas esquecidas, rejeitadas ou inutilizadas de um filme à procura de realizador.
A narrativa descontínua dos poemas/torsos encerrava, porém, uma lógica intrínseca que era inexplicavelmente clara ao meu entendimento. A sede vertiginosa de auto-conhecimento, a presença da figura da mãe e o olhar distanciado do mundo pertenciam-me também a mim.
Mas foi o estilo de “diário ocasional” deste livro de poemas que me levou a engendrar uma sequência de canções de pendor dramático que recria uma hipotética jornada na vida do poeta. Será um dia de herói e seu contrário, de auto-consumo e desperdício, de voyeurismo e de contemplação, tudo isto sustentado por um ambiente sonoro que rompe com a claustrofobia do poeta em duas direcções: a da auto-mutilação e a do sonho redentor.
António Chagas Rosa