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Nuno Côrte-Real nasceu em Lisboa no ano de 1971. Estudou música com Helena Pimentel (piano e solfejo), Fernando Eldoro (música de câmara), Piñero Nagy (guitarra clássica) e Carlos Fernandes (composição). Em 1995 concluiu o Curso Superior de Composição da Escola Superior de Música de Lisboa, onde estudou com, entre outros, Carlos Caires, Roberto Perez, Christopher Bochmann, António Pinho Vargas e António Sousa Dias (música electrónica). Viveu na Holanda durante os anos de 1996 a 2002, tendo concluído o Curso de Composição do Conservatório de Roterdão com os professores Klaas de Vries, Peter Yan Wagemans e Rene Uijlenhoet (música electrónica). Paralelamente estudou direcção de orquestra, primeiro como ouvinte no Conservatório de Roterdão entre os anos de 1999 a 2001, com os maestros Jurjen Hempel e Jos van der Sijde, e depois na Academia Nacional Superior de Orquestra, em Lisboa, tendo frequentado o Curso Superior de Direcção de Orquestra com o Maestro Jean-Marc Burfin. Desde 1997 que dirige regularmente obras de sua autoria. Como maestro, Nuno Côrte-Real tem dirigido regularmente orquestras como a Real Filharmonía de Galicia, Orquestra Fundación Excelentia (Madrid), Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra do Norte, Orquestra do Algarve, Orquestra Filarmonia das Beiras, Orchestrutopica, Orquestra Sinfónica I Maestri (Londres), Ensemble Darcos, Coro de Câmara Lisboa Cantat e Camerata du Rhône (Lyon). Em Junho de 2015, apresentou-se pela primeira vez na sala sinfónica do Auditorio Nacional de Madrid, Espanha. É fundador e diretor artístico do Ensemble Darcos, grupo de música de câmara que se dedica à interpretação da sua música e do grande repertório europeu, e assina artisticamente a Temporada Darcos. Tem participado em vários festivais internacionais de música, onde se destacam o Festival de Sintra e de Póvoa de Varzim, e dirigido solistas tais como Artur Pizarro, Nicola Ulivieri, Ana Quintans, Alexey Sychev, Domenico Codispoti, Filipe Pinto Ribeiro, Adriano Jordão, Giulio Plotino, Luís Rodrigues, Filipe Quaresma e Dora Rodrigues, entre outros. Nuno Côrte-Real tem vindo a apresentar inúmeras composições em toda a Europa, Islândia, Estados Unidos e Brasil, como também tem recebido inúmeras encomendas de instituições como a Fundação Calouste Gulbenkian, Teatro Nacional de São Carlos, Casa da Música, Festival Internacional de Música de Mafra, Centro Cultural de Belém, Orchestrutopica, Inatel-Teatro da Trindade, Festival de Música de Caldas da Rainha, Festival de Música de Viana do Castelo, Centro Cultural de Belém, Drumming-Grupo de Percussão, entre outras. Tem efectuado um trabalho sistemático no tratamento da música tradicional portuguesa, tendo já vários arranjos corais editados em CD, como também iniciou um ciclo de livros de arranjos para coro e várias combinações de instrumentos, a que deu o título de "Novíssimo Cancioneiro", estando já concluído o Livro Primeiro. Das estreias mais importantes destacam-se "7 Dances to the death of the harpist" na Kleine Zaal do Concertgebouw em Amsterdam, Holanda, "5 pequenas músicas de mar" na Purcel Room em Londres, Inglaterra, "Concerto Vedras" na St. Peter’s Episcopal Church em Nova York, Estados Unidos, "Novíssimo Cancioneiro" em Reikiavik, Islândia, e em Portugal "Lua, canção de uma morte" na Culturgest em Lisboa, e "Rock-homenagem a Ligeti" e "Andarilhos - música de bailado" na Casa da Música no Porto. Dos agrupamentos que têm tocado a sua música destacam-se Remix Ensemble, Orquestra Sinfónica Portuguesa, Coro Gulbenkian, Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra das Beiras, Orquestra do Algarve, Orquestra do Norte, Orchestrutopica, Royal Scottish Academy Brass, e solistas e maestros como Lawrence Renes, Julia Jones, Stefan Asbury, Kaasper de Roo, Cristoph Konig, Paul Crossley, John Wallace, David Alan Miller, Mats Lidström, Paulo Lourenço, Rui Pinheiro e Cesário Costa. A sua discografia inclui canções tradicionais portuguesas para coro misto nas editoras Portugal Som e Numérica, "5 Pequenas Músicas de Mar" para quinteto de metais na editora Deux-Elles, o bailado "Andarilhos" na editora Numérica em co-produção com a Casa da Música, e "Largo Intimíssimo" interpretado pelo Trio Mediterrain na editora austríaca Classic Concert Records. Em Outubro de 2012 teve o seu primeiro CD monográfico, "VOLUPIA", editado pela Numérica. No mundo da ópera e do teatro, Nuno Côrte-Real trabalhou com Michael Hampe, Maria Emília Correia, Paulo Matos, Margarida Bettencourt, Jorge Sequerra, Inês de Medeiros, Carlos Antunes, João Henriques e Beatriz Batarda, e adaptou para português as óperas "L’Oro Non Compra Amore" de Marcos Portugal, "As Bodas de Fígaro" de W. A. Mozart e "O elixir d’amor" de G. Donizetti. Em Junho e Setembro de 2007 apresentou com grande êxito as óperas de câmara "A Montanha" e "O Rapaz de Bronze", encomendas da Fundação Calouste Gulbenkian e Casa da Música, respectivamente. Em Março de 2011, apresentou no Teatro Nacional de São Carlos a ópera "Banksters", com libreto de Vasco Graça Moura e encenação de João Botelho, espetáculo que obteve um êxito inaudito na história recente da música contemporânea portuguesa. Em Abril de 2016 apresentou no Teatro do Campo Alegre, no Porto, a sua ópera "Os dilemas dietéticos de uma matrioska do meio". Nuno Côrte-Real foi bolseiro do Centro Nacional de Cultura entre os anos de 1999 a 2001, e durante o ano lectivo de 2004/2005 foi professor de composição na Escola Superior de Música e Artes do Espectáculo do Porto. Em Março de 2006 foi convidado para realizar um seminário sobre a sua música na Universidade de Cincinnati nos Estados Unidos da América. Foi durante o ano de 2005 compositor residente da Orchestrutopica em Portugal. É o fundador e director artístico do Ensemble Darcos, grupo que se dedica à interpretação de música clássica e contemporânea, e com o qual tem estreado várias obras de câmara. No ano de 2003 foi-lhe atribuída a medalha de Mérito Grau Prata da Câmara Municipal de Torres Vedras. Em Foco (Março de 2011)